Associação da carga parasitária em Medula Óssea com achados Clínico-laboratoriais em Cães com Leishmaniose Visceral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bravo, Sântila Antunes Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31885
Resumo: No Brasil, a leishmaniose visceral americana (LVA) constitui uma zoonose de grande importância em saúde pública devido a sua ampla distribuição geográfica, ao elevado número de casos e a gravidade de suas formas clínicas. O cão atua como principal reservatório da Leishmania infantum para o homem. Existem poucos estudos que correlacionam a carga parasitária (CP) nos tecidos de eleição com as alterações clínico-laboratoriais. O objetivo do estudo foi pesquisar e quantificar DNA de L. Infantum, por meio de qPCR, em amostras de medula óssea de cães com leishmaniose visceral, associando as alterações clínico-laboratoriais. Foram utilizados 29 cães sororreativos para L. infantum oriundos do município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, região endêmica para leishmaniose visceral. Os animais foram separados em três grupos de acordo com o estado clínico, sintomáticos (CS), oligossintomáticos (CO) e assintomáticos (CA). Foram feitas avaliação clínica e coleta de amostras de sangue e medula óssea, antes da realização da eutanásia. Dos 29 cães avaliados, 17 eram sintomáticos (58,6%), 7 (24,1%) oligossintomáticos e 5 (17,2%) estavam assintomáticos. Os achados clínicos mais observados nos cães infectados foram emagrecimento, esplenomegalia, onicogrifose e linfadenomegalia. As principais alterações encontradas nos exames foram anemia, sendo 62,5% do tipo normocítica normocrômica, hiperproteinemia, hipoalbuminemia e hiperglobulinemia. A CP média na medula óssea foi 28,01 no grupo CS, 17.11 no grupo CO e 0.33 no grupo CA. O grupo CS apresentou CP significativamente maior (p <0.05) do que o grupo CA. Na PCR em tempo real (qPCR), três (10,3%) amostras não apresentaram amplificação. O grupo CS apresentou carga parasitária significativamente maior (p<0,05) que o grupo CA. A elevação na carga parasitária foi correlacionada negativamente com hematimetria (Hm), hemoglobinometria (Hb), hematócrito (Ht), com a concentração de hemoglobina globular média (CHGM), albumina e a relação Albumina:Globulina. E positivamente com bastonetes, fosfatase alcalina (FA) e ureia. Os resultados sugerem que os exames clínicos e laboratoriais utilizados rotineiramente podem ser preditivos da intensidade da infecção parasitária nos cães.