Variação em microescala temporal do nano e microplâncton da Baia de Guanabara (RJ)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Lima, Isabel Victória Corrêa Van der Ley
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22654
Resumo: As variações na estrutura das comunidades nano e microplanctônicas foram avaliadas a partir de 150 amostras coletadas no canal central da baía de Guanabara em intervalos regulares de 3h, entre os dias 9 e 12 de fevereiro de 2004, perfazendo um ciclo de 72h. A baía é um estuário eutrofizado apresentando regiões com qualidades de água distintas determinadas pela alternância da influência da descarga de rios e efluentes domésticos e do oceano a partir das variações semi-diurnas da maré. A elevada densidade celular de organismos auto e mixotróficos (≅ 107 cel.L-1), principalmente representados pelas euglenofíceas (3,1.105 ± 6,7.105 cel.L-1), dinoflagelados (5,6.105 ± 1,4.106 cel.L-1) e ciliados (2,8.105 ± 5,4.105 cel.L-1) foi relacionada à águas mais quentes (23,72 ± 0,60 ºC), menos salina (30,72 ± 1,72) e eutróficas à superfície, enquanto a maior diversidade específica (3,84 ± 0,24 bits.cel-1), determinada pela redução da densidade total (4,0.106 ± 1,6.106 cel.L-1) e aumento no número de táxons de diatomáceas (30 ± 3 táxons.amostra-1) foi observada em associação a águas mais salinas (34,40 ± 0,56) e ricas em nitrato (1,11 ± 0,37 μM) no fundo. A estabilidade da coluna d’água, provocada pelas menores correntes de maré durante período de quadratura, favoreceu o crescimento de organismos flagelados, capazes de regular sua posição na coluna d’água, resultando em elevadas concentrações de clorofila a (39,29 ± 28,53 μg.L-1). O predomínio de organismos inferiores a 50 μm, que apresentam altas taxas de absorção e multiplicação, e as variações morfológicas provocadas pelo acúmulo de substâncias de reserva e pela ingestão de presas são indicativos de elevadas concentrações de matéria orgânica e de nutrientes. Desta forma, a estrutura das comunidades nano e microplanctônicas reflete as condições de eutrofização e a alternância de massas d’água da baía a partir de elevada densidade (3,5.107 ± 1,9.107 cel.L-1) e o predomínio de flagelados (72%) à superfície em contraposição, a maior diversidade (3,84 ± 0,24 bits.cel-1) e o incremento de diatomáceas (84%) no fundo.