Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Affonso, Alessandra Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11028
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Resumo: |
A partir de dezembro de 2008, surge um novo modelo de policiamento no Rio de Janeiro: as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Nesta forma de denominação policial, temos a adjetivação pacificadora que recai sobre o vocábulo polícia, é a Polícia da Paz. O objetivo com esta dissertação é refletir sobre a Polícia Pacificadora na mídia impressa, sob o enfoque teórico- metodológico da Análise do Discurso de linha francesa (Pêcheux e Orlandi). Algumas são as questões que norteiam as reflexões empreendidas: que sentidos estão postos na mídia impressa ao se noticiar sobre Polícia Pacificadora? Como as UPPs vão sendo discursivizadas nas reportagens? Quais são as filiações que sustentam esta forma de policiamento? Quais são dizeres que sustentam uma discursividade acerca desta forma de policiamento? Tomamos como corpus reportagens das revistas Veja e Caros Amigos sobre a Polícia Pacificadora, e delimitamos dois momentos da política da pacificação na mídia impressa selecionada: a sua implementação, no final de 2008, e, logo, a sua iminência na mídia, e, posteriormente, no final de 2010, após o acontecimento de novembro de 2010 (confronto armado da polícia com os traficantes nas comunidades de Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão). A revista Veja é discursivizada como a principal revista da grande mídia e ocupa o primeiro lugar em tiragem no Brasil, resultando em sua ampla divulgação; a revista Caros Amigos é apresentada como a representante da imprensa alternativa brasileira. A escolha por essas duas revistam parte do segundo pressuposto: até que ponto nelas inscrevem- se diferentes posições discursivas? E até que ponto elas filiam-se em distintas formações discursivas? Após a análise do corpus, chegamos a duas formações discursivas: a formação discursiva bélica (FD1) e a formação discursiva da denúncia (FD2), em que se inscrevem Veja e Caros Amigos, respectivamente. A FD1 cola-se ao discurso oficial e mobiliza uma memória em que a violência cometida pelos policiais torna-se legitimada e é discursivizada positivamente. Já na FD2, a violência advinda do Estado é problematizada. Nela há a denúncia de dizeres interditados e de vozes silenciadas no discurso oficial. Por fim, constatamos que as posições discursivas presentes em Caros Amigos são dissonantes daquelas que comparecem na revista Veja. Há, em Caros Amigos, uma contra-identificação com os sentidos postos e dominantes em Veja, manifestando um efeito de resistência aos sentidos legitimados e que circulam, na contemporaneidade, como naturais |