Associação entre tempo de tela e consumo alimentar em adolescentes escolares de Niterói/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rodrigues, Renata da Rocha Muniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8613
Resumo: Introdução: O sobrepeso e a obesidade em crianças e adolescentes estão crescendo em todo o mundo. Alterações nos hábitos alimentares, como maior consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras, sódio e açucares e o aumento das horas despendidas em atividades sedentárias são importantes contribuintes para este quadro nutricional. Há evidências da associação do tempo de tela com o consumo alimentar em adolescentes, mas estudos longitudinais são necessários para que a relação causa-efeito seja confirmada. Objetivo: Avaliar a associação entre tempo de tela e consumo alimentar dos adolescentes durante um ano letivo. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal envolvendo escolares de duas escolas públicas de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. A amostra foi composta por adolescentes com idade entre 10 e 16 anos. Para investigar o consumo alimentar foi aplicado um questionário de frequência do consumo alimentar (QFCA) e foram considerados quatro grupos de alimentos marcadores: dois de alimentação saudável (frutas e hortaliças) e dois de alimentação não saudável (biscoitos e bebidas adoçadas). Para avaliar o tempo de tela um questionário contendo questões sobre comportamento sedentário (tempo de tela) e prática de atividade física foi aplicado. Ambos os questionários foram aplicados no início e no final do ano letivo de 2014. Além disso, a avaliação antropométrica também foi realizada nos dois momentos. As análises estatísticas foram realizadas com o programa SAS (versão 9.3). Para as análises longitudinais, empregou-se modelos mistos, que levam em conta tanto os efeitos específicos de cada indivíduo quanto os dados faltantes. Foi considerada a significância estatística de <0,05 para todos os testes. Resultados: Participaram do estudo 448 alunos, sendo 55,1% do sexo masculino. Em relação ao estado nutricional, 34% apresentavam excesso de peso. Observou-se elevado tempo de tela entre os adolescentes (67,1% encontravam-se na categoria de ≥5 horas por dia). Aqueles que apresentavam maior tempo de tela relataram maior consumo de todos os grupos de alimentos marcadores avaliados, destacando o elevado consumo médio diário de bebidas adoçadas (1254,6 ml). A análise longitudinal mostrou que a redução do consumo de bebidas adoçadas no grupo com maior tempo de tela foi estatisticamente significativa (p= 0,035) comparando com o grupo de menor tempo de tela. Porém, apesar da redução, o consumo de bebidas adoçadas entre os adolescentes com maior tempo de tela permaneceu maior do que o observado entre os adolescentes com menor tempo de tela, no final do acompanhamento. Conclusão: O tempo de 11 tela pode influenciar no consumo de bebidas adoçadas ao longo do tempo. Sugere-se que a redução do tempo gasto em atividades sedentárias e escolhas alimentares saudáveis sejam prioridades nos estudos de intervenção e na elaboração de políticas públicas a fim de contribuir para um estilo de vida mais saudável dos adolescentes