Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Castelo, Wellen Fernanda Louzada |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/24310
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Resumo: |
O conhecimento sobre as áreas costeiras é um ponto de interesse que remonta desde o início do período moderno. Entender o funcionamento destas zonas tanto regional quanto global se mostra como um fator importante tanto para o presente, quanto para a reconstrução do passado e previsão de possíveis modificações futuras. A fim de melhor compreender essas mudanças no litoral Sudeste do Brasil, mais especificamente a região da Baía de Sepetiba e seu entorno, lançou-se mão de proxies como foraminíferos (levando em conta sua eficiência como bioindicadores), aplicação de índices ecológicos, fator de enriquecimento(EF) e índice de poluição de sedimentos (SPI), além da analise geoquímica, mineralogica de sedimentos, visando caracterizar e compreender mudanças na textura e composição dos sedimentos, assim como nas comunidades de foraminíferos bentonicos, relacionar modelosde idade para a região, além de caracterizar os pacotes sedimentares de acordo com a qualidade ambiental destes. Para tal foram coletados três testemunhos (dois deles próximos a Restinga da Marambaia e um localizado na porção mais central da baía). Os registro obtidos junto aos três testemunhos forneceram evidencias pertinentes a cerca da evolução da região. Os testemunhos próximos a Restinga da Marambaia – SP7 e SP8 - apresentaram acurados registros e mais longos da história da região, indo desde períodos pré antrópicos (cerca de ~ 9,5 Ka AP) com evidencias de momentos de elevação do nível do mar no Holoceno, como o processo de incursão marinha que inundou a enseada da Marambaia e permitiu o início da colonização pelas assembleias de foraminiferos (passando de condições ruins a favoráveis em torno de 7,8 Ka AP, com apíce de saúde ambiental nos 5 ka AP, durante o período de nível relativo de mar alto no Holoceno médio), até momentos antrópicos marcantes, como o aumento da industrialização na região a partir do início do século XX. Já o SP3 – porção mais central da Baía de Sepetiba – apresentou um registro puramente antrópico, onde a datação por Pb210 e Cs137 permitiram identificar e correlacionar aumentos poluidores significativos de Zn e Cd a entrada de industrias na região e ao passivo ambiental deixado pela Companhia Inga Mercantil. Este testemunho revelou uma eutrofização significativa a partir de meados dos anos 70, resultantes do aumento de matéria orgânica oriunda de resíduos continetais e humanos. Junto a todas estas evidencias notou-se claramente uma correlação lateral do sedimentos entre os três testemunhos analisados, permitindo confirmar a transição de um registro dito natural, com todo seu processo evolucional desde um ambiente subaereo com contribuição eólica (~6 ka AP) para um ambiente submerso com maior contato tanto com o oceano (~8300 – 2500) e características de ambiente marinho raso, até o aumento da influência antrópica ocorridas na baía (a partir de 1975 – 2015) e sentidas mesmo nas porções mais distais ao continente. |