Fuxicando com as narrativas de professoras/es de Educação Física: currículos e a decolonialidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Castro, Pedro Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CVs
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31552
Resumo: A presente tese teve como questão: como os currículos se manifestam nas experiências, memórias, narrativas e decolonialidade das/os professoras/es de Educação Física que atuam em escolas públicas, de diferentes regiões geográficas do Brasil? Assim, a intenção de pesquisa foi: fuxicar as experiências, memórias, narrativas e decolonialidades dos currículos anunciados pelas/os professoras/es de Educação Física que atuam em escolas públicas, de diferentes regiões geográficas do Brasil. Metodologicamente, recorri ao fuxico narrativo, perspectiva constituída pelos seguintes elementos: centralidade dos sujeitos, oralitura, experiência, memória, narrativa, o (fa)ser pesquisa, a conversa e o fuxico. Esses elementos, juntos, puderam me auxiliar na tessitura de diálogos considerando o dito pelas/os participantes, por mim e pelas referências de apoio. Participaram da investigação 8 (oito) professoras/es de Educação Física, atuantes na Educação Básica, de 4 regiões distintas do Brasil. Realizamos sete (7) encontros virtuais, pela plataforma Google Meet, que foram gravados e transcritos, posteriormente. Também utilizamos um documento on-line, no qual, poderíamos compartilhar as nossas narrativas, ainda, utilizei um diário para o registro das reflexões e sentimentos sobre os momentos vividos. Nos encontros, a temática guia foi: o compartilhamento das experiências, de memórias e de narrativas de currículos que foram/são vivenciadas no âmbito escolar ou não, tanto por estudantes, como por professoras/es. Durante os encontros, temáticas ligadas aos currículos emergiram do compartilhamento das narrativas. Dessa forma, ao dialogar com essas narrativas e as referências bibliográficas escolhidas, pude perceber que, para nos movimentarmos no campo dos currículos e nos espaços destinados a sua construção e manifestação, necessitamos considerar as trajetórias formativas dos sujeitos em face da(s)/o(s) processos de escolarização e das experiências não-escolares, assim, as memórias compartilhadas apontaram que os momentos vividos nesses espaços ressoavam na vida de cada sujeito, ou seja, conhecimentos/saberes eram apropriados e ressignificados de acordo o contexto de cada um. Outro aspecto a ser considerado é a formação inicial em nível superior, visto que as experiências, na graduação, serviram como um alicerce para as futuras atuações docentes, considerando os pontos positivos, mas, também, os entraves. Além disso, as influências para a escolha da profissão docente, seja de familiares, professores/mestres de esportes ou ex- professores definiram a escolha da área de atuação. No caso da Educação Física, os corpos se constituem nos espaços sociais e em suas relações com os conhecimentos e saberes (corposcurrículos), por isso, as experiências corpóreas foram um elemento marcante para o envolvimento na profissão, tal como para a compreensão da diversidade de corpos. Os currículos oficiais, enquanto influência na construção singular de cada professora/r, determinam o manuseio de documentos e a criatividade das/os professoras/es, cuja perspectiva crítica flutuava entre considerar as intencionalidades formativas ou mesmo como elemento de mera reprodução dos ditames hegemônicos. Tendo isso em vista, acredito que é possível pensarmos, refletirmos e construirmos currículos, em função das experiências, memórias e narrativas dos sujeitos, considerando as suas singularidades, mas, também, os contextos de experimentação.