Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Ana Luisa Fonseca de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35735
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Resumo: |
As planícies de inundação são ecossistemas dinâmicos profundamente interligados ao ciclo do carbono. A bacia amazônica abriga a floresta mais produtiva do mundo, devido às suas características quentes, úmidas e variações intensas na área alagada, esse ecossistema constitui-se como uma fonte expressiva de CH4 e CO2 com repercussões globais. Este estudo objetiva examinar os efeitos da inundação experimental sobre a produção aeróbica e anaeróbica de CH4 e CO2 em solos superficiais, considerando diferentes elevações topográficas ao longo de um transecto que se estende do principal canal fluvial, o Rio Madeira, até o interior da planície. Solo intacto foi coletado em três locais distintos ao longo de um transecto de ~330 m, representando áreas próximas e distantes do Rio Madeira. Estas amostras foram submetidas a condições de incubação aeróbica exposta, inundada aeróbica e inundada anaeróbica. A produção de CO2 e CH4 foi quantificada por meio de cromatografia gasosa. A composição do solo foi analisada quanto à granulometria, condutividade, pH, Fe, Mn, C, N e S. Além disso foi traçado o perfil topográfico da região por meio de um DGPS. A produção média de CO2 e CH4 foi mais elevada nos solos incubados com água do Rio Madeira que apresentavam a menor elevação topográfica e por conseguinte maior tempo de inundação, 5768(±208,17) mgC-CO2m-2d -1 e 0,48(±0,191) mgC-CH4m-2d -1 . A estimativa de produção de GEEs revelou que em anos de enchentes extremas o total de CO2 e CH4 produzidos podem ser, respectivamente, 62% e 700% maiores que em anos de secas extremas. Estes resultados evidenciam a alta variabilidade espacial na emissão de GEEs na planície de inundação e forte influência da água em fatores que controladores da remineralização de MO. Conclui-se que, há variações significativas na produção de CH4 e CO2, mesmo em um curto espaço, influenciadas pela localização, condições de inundação e oxigenação do solo. Este estudo reforça a relevância da Floresta Amazônica como uma fonte significativa de GEEs e a heterogeneidade da planície de inundação na produção desses gases. |