Reprodutibilidade e confiabilidade das medidas do QTc e DQTc e suas relações com a hipertrofia ventricular esquerda em pacientes em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alonso, Maria Angélica Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7868
Resumo: Introdução: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é comumente encontrada nos pacientes em hemodiálise (HD) sendo reconhecida como importante fator de risco independente para mortalidade nessa população. O remodelamento miocárdico subjacente à HVE pode perturbar a repolarização ventricular, causando anormalidades no intervalo QT. O objetivo do presente estudo foi estudar a reprodutibilidade e confiabilidade das medições do intervalo QT corrigido (QTc) e sua dispersão (DQTc) e correlacionar esses parâmetros com a HVE em hemodialisados. Métodos: Estudo caso-controle envolvendo pacientes de uma clínica de HD e um grupo controle. Exame clínico, coleta de amostra sanguínea, ecocardiograma transtorácico e eletrocardiograma (ECG) foram realizados. Testes de correlação e concordância intra e inter-observador foram realizados empregando-se o coeficiente de correlação de Pearson, coeficiente de Kappa de Cohen e o diagrama de Bland Altman. Regressão linear foi utilizada para analisar a associação entre o QTc e a DQTc com a HVE. Resultados: Quarenta e um pacientes e 37 controles concluíram o estudo. Os hemodialisados tenderam a ter valores maiores de QTc, DQTc e índice de massa ventricular esquerda (iMVE) em comparação com os controles, mas não houve significância estatística. Os testes de correlação e concordância demonstraram melhores resultados para as medidas do QTc do que para as da DQTc. Nos hemodialisados, foi encontrada uma correlação fraca, porém estatisticamente significativa, entre QTc e iMVE (R2 =0,12; P = 0,03). Não foi encontrada correlação entre os valores da DQTc e iMVE (R2 = 0,00; P=0,940). Para o grupo controle, os valores correspondentes encontrados foram R2 = 0,00; P = 0,67 e R2=0,00; P = 0,94, respectivamente. Conclusão: O intervalo QTc, em contraste com a DQTc, apresenta boa reprodutibilidade e confiabilidade tendo uma fraca correlação positiva com o iMVE nos pacientes em hemodiálise