A autoavaliação na universidade pública federal brasileira: o desafio de conhecer-se para transformar-se

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sinder, Marilene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16992
Resumo: Esta tese faz uma reflexão acerca da contribuição que a autoavaliação pode prestar à emancipação das universidades públicas federais. Adotamos uma abordagem qualitativa, utilizando a metodologia de estudo de caso único sugerida por Yin (2001), tomando a autoavaliação realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF), com sede em Niterói/RJ, como objeto de estudo. Para embasar a pesquisa, fizemos a leitura do material bibliográfico referente ao tema e de produções no campo da avaliação institucional da universidade brasileira. A pesquisa documental consistiu na leitura e análise de relatórios, planos e projetos, além de dispositivos legais, como leis, decretos, portarias e resoluções. Na coleta de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada e o questionário com questões fechadas e abertas. Também analisamos os dados disponíveis no Sistema de Avaliação Institucional da UFF (SAI), referentes ao 2o semestre letivo de 2019. A análise dos dados e informações mostrou que no processo de autoavaliação conduzido pela UFF existem fragilidades a serem superadas, com vistas a sua consolidação e à criação de uma cultura de avaliação, na instituição. É necessário que sejam adotadas novas práticas de comunicação entre os participantes do processo de avaliação, para que as informações sobre a existência do mesmo possam ser mais bem apreendidas. Além disso, essas informações precisam chegar aos gestores dos cursos de graduação, para que eles se conscientizem do benefício que pode trazer a autoavaliação aos cursos pelos quais são responsáveis. Outra medida necessária é a discussão ampla e responsável dos resultados da avaliação realizada, periodicamente, visando ao engajamento e valorização da participação dos respondentes, bem como o melhor aproveitamento desses resultados nas decisões acerca do saneamento das dificuldades encontradas e fortalecimento dos pontos positivos também identificados. Esforços precisam ser realizados, ainda, para descentralizar o processo de autoavaliação na instituição, por tratar-se de uma universidade com vários campi, além de contar com grande diversidade em suas unidades acadêmicas e nos diferentes cursos de graduação que elas comportam. Em relação à possibilidade de a autoavaliação servir ao processo de emancipação das universidades federais, concluímos que isso seja possível se elas tomarem para si o processo como instrumento de conhecer-se, de modificar suas práticas e de buscar a produção de um outro conhecimento, este pautado nos saberes das minorias excluídas do processo social. A contribuição do estudo está na ampliação do conhecimento sobre a avaliação institucional nas universidades federais brasileiras, possibilitando a construção de novos olhares e fazeres em torno da autoavaliação