A trajetória D’O Repúblico no fim do Primeiro Reinado e início da Regência: os discursos impressos de Antônio Borges da Fonseca sobre a Política Imperial (1830-1832)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Carolina Paes Barreto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24558
Resumo: O presente trabalho busca analisar a trajetória política do liberal exaltado Antônio Borges da Fonseca e de seu jornal O Repúblico nos anos finais do Primeiro Reinado e iniciais da Regência. A partir do exame de três fases do periódico (1830- 1831; 1831-1832; 1837), o estudo pretende investigar os sentidos que o publicista atribuiu às palavras constituição, federação, república, liberdade, cidadão e revolução. A análise desses conceitos nos oferece um acesso privilegiado às formas pelas quais o redator experimentou, concebeu e prefigurou a realidade. Os discursos de Borges da Fonseca foram construídos em condições concretas, com base nas suas experiências históricas e nas limitações e possibilidades inscritas pelas transformações da sociedade. O publicista seguia à dinâmica das lutas de sua época: no início de 1831, exerceu uma função agitadora nos momentos mais tensos e decisivos da política imperial, como nas Noites das Garrafadas e na Revolução de 7 de Abril. Nesse contexto, as suas críticas não só se dirigiam aos deputados, ministros e altos funcionários do governo, mas também atingiam o Imperador. Contudo, após à abdicação de D. Pedro I, marcou um recuo em suas tendências “exaltadas”, aliando-se aos moderados. Como conseqüência de sua adesão à moderação, os seus escritos começaram a expressar esta tendência. Mas, em 1837, com a ascensão do Regresso conservador, retratou-se publicamente: lamentou-se em ter defendido a “prudência”, a “tranqüilidade e a “ordem”, voltando a escrever discursos mais inflamados.