Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Conceição Almeida da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11082
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Resumo: |
As principais finalidades de qualquer publicidade são, por um lado, apresentar um produto e, por outro, seduzir. Para tanto, uma publicidade precisa ser eficiente nos dois sentidos: apresentar as características e as vantagens do produto em relação a outros da mesma categoria e, ao mesmo tempo, procurar captar a atenção dos consumidores, despertando-lhes o desejo de consumir. Esse segundo aspecto, predominante no anúncio publicitário, é realçado pela exploração de efeitos humorísticos. Tais efeitos, no entanto, dependem de uma série de mecanismos linguístico-discursivos, explorados pelo publicitário não só em função de seus objetivos, mas principalmente em função do público-alvo. É nessa perspectiva que a publicidade faz uso das linguagens icônica e verbal, com a ajuda das quais constrói uma imagem divertida de enunciador, projetando uma cenografia capaz de causar estranhamento ou surpresa, explorando conhecimentos compartilhados tanto sobre as relações sociais, quanto sobre a situação comunicativa, ou ainda, fazendo o destinatário ouvir “vozes” que lhe soam familiares ou divertidas. Este trabalho tem como objetivo principal analisar alguns desses mecanismos que possibilitam entender o funcionamento discursivo do humor na publicidade sob uma perspectiva interdisciplinar que concilia conceitos tais como ancoragem e revezamento (BARTHES, 1990) e ethos e cenografia (MAINGUENEAU, 2001) com pressupostos teóricos da pragmática linguística. Para compreender o que ocorre com o discurso publicitário, primeiramente, refletiremos sobre sua configuração, sobre o modo como se estrutura em partes, sobre as linguagens que o compõem e o modo como elas se relacionam; abordaremos também a noção de cena enunciativa (MAINGUENEAU, 2001), uma vez que o leitor, ao ler o anúncio, se relaciona com ele por intermédio de uma cenografia e de um ethos, ambos resultantes do modo escolhido para enunciar. Para compreender como um anúncio pode tornar-se bem-humorado, revisaremos ainda algumas abordagens, como a de Bergson (1987) e a de Freud (1987), que sob diferentes perspectivas, oferecem importante contribuição para o entendimento dos mecanismos de produção do cômico e dos chistes, respectivamente. Por fim, em nossa análise, buscaremos mostrar como os conceitos antes apresentados podem contribuir para a compreensão dos efeitos de humor provocados pelo texto publicitário |