Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Erika Suruagy Assis de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/32480
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Resumo: |
A investigação insere-se no contexto em que os ajustes estruturais no modo de produção e as reformas na organização do Estado encontram-se articulados com uma série de reformas educacionais, com centralidade na reforma da educação superior. No Brasil, as ações afirmativas com a implantação do sistema de reserva de vagas/cotas nas universidades públicas ganham destaque, sendo apresentadas como promotoras da democratização do acesso e permanência na educação superior. Tal política é objeto de muitas controvérsias e polêmicas que reduzem a questão a uma visão simplista e maniqueísta, de contra ou a favor. Este trabalho buscou sair dessa polarização, visando apreender o processo de transformações na educação, a partir da relação trabalho-educação, compreendendo que o modo de produção engloba todos os aspectos de como a vida se produz e reproduz, e que, portanto, considera que exista uma relação dialética entre as transformações e ajustes na economia e a forma como o Estado organiza a educação. Com base nessa perspectiva, esta pesquisa questiona se a política de reserva de vagas/cotas realmente contribui para a democratização do acesso e da permanência na educação superior. Para responder a essa problemática, realizamos uma pesquisa documental, na qual o materialismo histórico e dialético, suas categorias e conceitos, com foco no Estado, Luta de Classes e Democracia, encontrados na obra de Marx, Engels e Lenin, fornecem a base teórica e metodológica. Foram analisados: (1) Documentos e textos oficiais de organismos internacionais e do governo brasileiro, correlacionando as exigências de ajuste estrutural na economia e reformas no Estado com as novas propostas para educação; (2) Documentos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), campo empírico de pesquisa, para verificar a aplicação destas políticas concretamente. O confronto dos dados empíricos com a teoria levou à conclusão de que as aspirações legítimas por inclusão na educação dos mais explorados pelo capitalismo são incorporadas de forma subordinada para legitimar o modelo privado de educação, baseado no mercado, e contribuir para destruição, privatização da universidade pública, como lócus de produção do conhecimento que articula ensinopesquisa-extensão. Portanto, trata-se de uma “inclusão excludente” que, ao mesmo tempo em que incorpora a reivindicação dos negros, trabalhadores por educação, nega a possibilidade de que tenham acesso a uma educação pública de qualidade (histórico-social e científicotecnológica), e a garantia de permanência na universidade |