A eficácia da corrida no controle da frequência e intensidade de migrânea quando comparada com outros exercícios físicos aeróbicos: uma revisão sistemática e meta-análise
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26556 http://dx.doi.org./10.2209/PPGMN.2022.m.87649802604 |
Resumo: | Introdução: A migrânea é uma das quatorze principais cefaleias descritas na International Classification of Headache Disorders: 3rd Edition. É uma cefaleia frequentemente incapacitante, de tratamento complexo e muitas vezes tem resposta clínica insatisfatória. Os exercícios aeróbicos, por exemplo, a corrida de rua ou em esteira, poderiam ser utilizados como tratamento não farmacológico para reduzir as crises da migrânea. Objetivo: Investigar o efeito da corrida sobre a frequência e intensidade da migrânea, quando comparada com a caminhada, a dança, o ciclismo ou nenhum exercício aeróbico, em adultos. Método: Trata-se de uma revisão sistemática com meta-análise de ensaios clínicos randomizados que seguiu as recomendações do PRISMA - Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis, e foi registrada no PROSPERO - International Prospective Register of Systematic Reviews 2021 (CRD42021269260). Foi realizada uma busca sistematizada nas bases de dados eletrônicas BVS, CINAHL, Cochrane, Embase, MEDLINE/PubMed, Scopus e Web of Science para identificar todos os estudos relevantes. A intervenção constou de corrida intervalada (High Intensity Interval Training - HIIT), corrida contínua (Moderate continuous training - MCT) ou jogging. Os desfechos principais analisados foram o número de dias e a intensidade da migrânea. A qualidade metodológica foi avaliada com a ferramenta RoB 2.0 (Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials). A análise qualitativa foi baseada na classificação de resultados por níveis de evidência de acordo com o GRADE - Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation. A meta-análise foi conduzida utilizando o software Review Manager (RevMan) 5.4.1. para modelo de efeitos aleatórios, os dados foram apresentados por diferença da média e IC95% e o teste do χ2 para o cálculo estatístico. Resultados: Foram selecionados dois dos 477 artigos analisados nesta revisão. Esses artigos incluíram pacientes com migrânea episódica, com e sem aura, com um total de 52 participantes (80,77% mulheres; 19,23% homens). Os dois artigos participaram da análise quantitativa por meta-análise em subgrupos de corrida intervalada e de corrida contínua para o desfecho frequência. Nenhum dos estudos demonstrou efeito da corrida na redução da frequência da migrânea [-0.40 (95% IC= -1,61 a 0,81)]. Não há dados quantitativos de meta-análise para o desfecho intensidade, uma vez que foi medida por só um estudo. Os estudos mostraram um alto risco de viés e uma muito baixa certeza de evidência pelo GRADE, que classifica a evidência em alta, moderada, baixa ou muito baixa. Conclusão: Os resultados são insuficientes para que seja feita a aplicação da corrida de rua ou em esteira como tratamento para a redução da frequência e intensidade de crises de migrânea |