Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Giselly Rosa Modesto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11021
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Resumo: |
Introdução. Hemodialisados têm mortalidade inaceitavelmente alta principalmente por causas cardiovasculares. Tanto fatores de risco tradicionais (do estudo de Framingham) como não-tradicionais (resultantes da própria doença renal crônica) têm sido implicados na patogênese da doença cardiovascular em tais pacientes. Nosso objetivo foi avaliar o impacto de alterações precoces na albumina sérica sobre a mortalidade de pacientes incidentes em hemodiálise. Métodos. Estudo observacional, longitudinal retrospectivo, com acompanhamento de 2 anos, realizado em pacientes em regime regular de hemodiálise utilizando o banco de dados da Fresenius Medical Care América Latina. Para este estudo, foram incluídos pacientes com idade superior a 20 anos, de 25 unidades de diálise no Brasil, distribuídas por 6 estados e o Distrito Federal. O período de estudo compreendeu de janeiro de 2000 a junho de 2004. A alteração na albumina sérica foi calculada como a variação percentual nos 3 primeiros meses. Os pacientes foram estratificados em dois grupos de acordo com a albumina inicial (abaixo ou acima da mediana) e acompanhados por 2 anos. O risco de morte associado com a mudança precoce na albumina foi calculado por um modelo de regressão de Cox, com ajuste por idade, gênero e diabetes. Resultados. Um total de 1.834 pacientes adultos incidentes em hemodiálise preencheu os critérios de inclusão. Homens representavam 59%; 22% eram diabéticos. A média de idade foi 52±15 anos e a mediana da albumina sérica, 3,8 g/dL. A mortalidade acumulada da amostra em 2 anos foi 14% sendo significativamente maior no grupo com albumina inicial abaixo da mediana (17% vs. 11%, P<0,001). Mais importante, as variações na albumina influenciaram significantemente a mortalidade. No grupo com albumina abaixo da mediana, cada 10% de elevação na albumina sérica inicial nos 3 primeiros meses em hemodiálise esteve associado a uma diminuição da mortalidade em cerca de 14% (H.R.=0,864, I.C. 0,762-0,979, P=0,022). Por outro lado, no grupo com albumina sérica acima da mediana, cada 10% de redução esteve associado a um aumento de cerca de 50% na chance de óbito em 2 anos (H.R.=1,502, I.C. 1,243-1,815, P<0,001). Conclusões. Alterações precoces na albumina sérica têm impacto significativo na sobrevida em 2 anos. Pacientes com albumina sérica inicial baixa podem ter melhor prognóstico se há elevação precoce da albumina, enquanto aqueles com níveis iniciais satisfatórios podem piorar seu prognóstico em caso de redução precoce na albumina |