Avaliação do impacto do isolamento social pela pandemia de COVID-19 na parentalidade, práticas terapêuticas e de educação domiciliar de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Thyara Boechat de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35220
Resumo: FUNDAMENTOS E JUSTIFICATIVAS: A pandemia da COVID-19, com o imperativo do isolamento social e suspensão das atividades educacionais e demais consideradas não essenciais, rompeu com uma complexa rede de estratégias educacionais e de saúde que torna possível o desenvolvimento acadêmico de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA é retratado como condição com diferentes graus de gravidade e sintomas, caracterizados por desordens nas áreas de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e interesses restritos, estereotipados e repetitivos. Entender o impacto deste isolamento em pacientes com TEA é essencial, para que tenhamos estratégias mais efetivas de manejo terapêutico e educacional para esta população. Vale ressaltar que crianças e adolescentes autistas têm difícil compreensão do cenário pandêmico e todas as ramificações decorrentes da COVID-19, o que gera grande impacto a esta população. OBJETIVOS: Avaliar o impacto do isolamento social pela pandemia de COVID-19 na parentalidade, práticas educacionais a distância e no tratamento de crianças e adolescentes com TEA, em comparação a crianças sem esta especificidade. METODOLOGIA: Pais e cuidadores de crianças e adolescentes com TEA foram convidados a responder questionário online. Aplicou-se o mesmo questionário (salvo partes específicas para o transtorno) a pais e cuidadores de crianças e adolescentes sem problemas nestas áreas, a fim de gerar um controle das respostas. Os respondentes foram alcançados através da replicação do convite por profissionais de saúde ligados às duas associações colaboradoras da pesquisa. Os 1.032 questionários respondidos foram analisados para se obter os dados em estatística descritiva e analítica de variáveis relacionadas à parentalidade, terapêutica e educação a distância. RESULTADOS: A pandemia pela COVID-19 gerou impactos na parentalidade, educação e sintomatologia dos pacientes com TEA, quando comparados ao grupo controle, ou seja, crianças e adolescentes neurotípicos. Dentre os sintomas, pudemos observar que aqueles de mais impacto na nossa amostra foram a piora do padrão do sono, piora da qualidade da alimentação, aumento da agressividade e também das brigas parentais. CONCLUSÕES: Diante do cenário pandêmico, houve um desequilíbrio no tratamento e no seguimento de crianças e adolescentes com autismo, pois, devido à quarentena e isolamento social, muitos módulos do tratamento, bem como educacionais, precisaram ser interrompidos e, com isso, consequências na sintomatologia do transtorno surgiram, enfatizando a vulnerabilidade deste grupo.