Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Maria Odete de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11661
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Resumo: |
O câncer da cérvice uterina é apontado como a terceira causa de morte entre mulheres em todo o mundo. A partir do ano 2000, a Organização Mundial de Saúde reconheceu alguns tipos de Papilomavírus Humanos (HPV) associados a lesões genitais como agentes etiológicos do carcinoma cervical. Assim, o diagnóstico precoce dessas infecções pode contribuir para a prevenção do câncer. O objetivo de nosso trabalho foi avaliar o emprego de métodos moleculares a fim de comprovar a presença dos HPV no trato genital para utilização em combinação com a Citopatologia, método utilizado para rastreamento das lesões causadas pelos HPV. A pesquisa foi realizada com material de pacientes atendidas no Laboratório Dr Sérgio Franco. As amostras foram analisadas pelas técnicas de Captura Híbrida (HCA II) e de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) com a utilização dos primers genéricos MY 09/ MY 11. A nossa amostra foi composta de 1055 pacientes com idade entre 15 e 70 anos. Com a técnica de HCA II, o HPV foi detectado em 48,3% das pacientes, com uma prevalência de 45,8% entre as pacientes com idade entre 20 e 30 anos. Observamos que 52,7% (269/510) + 35,5% (181/510) destas lesões infectadas apresentavam tipos oncogênicos, sozinhos ou em infecções múltiplas respectivamente, indicando uma alta prevalência de pacientes com risco aumentado de câncer. Realizamos a análise comparativa da HCA II e da PCR em 40 amostras, com o objetivo de determinar a sensibilidade e a especificidade da HCA II. O HPV foi detectado em 75% dessas amostras quando analisados pela HCA II enquanto pela PCR a detecção ocorreu em 70%. A Citopatologia foi usada como método de referência para avaliar rastreamento das lesões. Os três testes demonstraram concordância absoluta quando a Citopatologia apontou a amostra como NORMAL. Casos discordantes ocorreram onde a Citopatologia diagnosticou como lesão de baixo grau (LSIL), onde a prevalência foi de 100% pela HCA II e de 85% pela PCR. Comparando as duas técnicas com os resultados da Citopatologia, observamos que tanto a HCA II (p= 0) quanto a PCR (p=0,002) demonstram associação positiva. Concluímos que apesar das diferenças observadas, a HCA II apresentou sensibilidade e especificidade adequadas para uso clínico, em combinação com a Citopatologia, em especial a fim de fechar o diagnóstico de alterações do tipo ASCUS e também de lesões LSIL, principalmente quando estas demonstram ser persistentes ou recidivantes. Além disso, a avaliação da medida de carga viral obtida pela HCA II parece relacionar-se com a severidade da lesão e merece estudos adicionais a fim de relacioná-la ao risco de progressão ao câncer |