Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Carestiato, Fernanda Nahoum |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11645
|
Resumo: |
As infecções causadas pelos Papilomavírus humanos (HPV) são as Doenças Sexualmente Transmissíveis mais freqüentes em todo mundo. Cerca de 30% destas infecções são persistentes, fato associado ao aumento significativo do risco de neoplasia cervical. Assim, o acompanhamento das infecções persistentes, associadas aos HPV de alto risco, funcionaria como medida preventiva contra o câncer. Por esta razão, entra em discussão qual a melhor técnica de detecção da infecção e rastreamento das pacientes. A fim de contribuir para esse estudo, nossa pesquisa comparou as técnicas de Captura do Híbrido (HCAII) e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), ambas utilizadas para a detecção do genoma viral. Foram estudadas 1616 amostras de pacientes do sexo feminino, atendidas nos Laboratório Sérgio Franco, durante o ano de 2001. Para o teste de Captura do Híbrido foi usado o kit da Digene Hybrid Capture II (HCAII), onde os tipos de HPV são agrupados em sondas: grupo A (baixo-risco) e grupo B (alto-risco) e para o PCR foram usados os primers genéricos MY09/11, e os primers específicos para o gene E6 dos HPV de alto-risco (HPV 16,18,31,33 e 35), e E7 (HPV 58). Das 1616 amostras 745 (46,1%) eram positivas para algum tipo de HPV. E destas, a maior parte (91,4%) apresentou infecção com HPV de alto-risco sozinho ou conjuntamente ao de baixo-risco, caracterizando uma população com alto risco de desenvolver câncer. A média de idade das pacientes foi de 30 anos, o que coincidiu também com a faixa etária de maior número de mulheres infectadas no nosso estudo. Das 1616 amostras selecionamos ao acaso 97 para serem submetidas a PCR, desde que também apresentassem o resultado da Citopatologia no mesmo período. A PCR detectou em 79 pacientes o DNA do HPV, enquanto que na HCAII obtivemos 68 amostras positivas. Neste grupo, o tipo mais prevalente pela PCR foi o HPV16 (48%), seguido do HPV18 (40%), HPV35 (8%), 31 (4%), e os HPV 33 e 58 não foram detectados. Nossos dados apontam a maior sensibilidade da PCR, conforme descrito na literatura. Considerando o diagnóstico citopatológico, os dois testes se mostraram concordantes com o mesmo: conforme o aumento da severidade do diagnóstico pelo teste de Papanicolau, maior o número de casos de HPV detectados. A concordância entre HCAII e a PCR foi de 78,4%. Entretanto, em alguns casos, ressaltando-se aqueles classificados como Alterações Inflamatórias, a PCR apresentou maior prevalência de HPV que a HCAII: a positividade pela PCR foi de 78,8% e pela HCAII foi de 48,8% que podem ser justificados por resultados falsos-negativos e falsos-positivos comuns às duas técnicas. A carga viral obtida pela HCAII mostrou uma média crescente até as lesões de baixo-grau (LSIL) e uma queda nas lesões de alto-grau, mas de modo geral, a análise foi inconclusiva, apresentando valores com significância estatística somente para as LSIL. Considerando o custo ainda elevado destas duas técnicas, as implicações na prevenção e no tratamento das infecções pelo HPV, concluímos que tanto a HCAII como a PCR podem ser utilizadas juntamente com a Citopatologia (Papanicolau), que já é o exame de eleição para o rastreamento das pacientes, direcionados principalmente para mulheres acima dos 35 anos de idade. Isto porque, acima desta idade há um aumento das chances de estarmos frente às infecções persistentes, que constituem o principal fator de risco para a carcinogênese. Sendo assim, o uso combinado poderia significar medida mais efetiva de prevenção contra o câncer cervical |