Carcinogênese na cérvice uterina associada ao papilomavírus humano tipo 16: aspectos relacionados à genética e à epigenética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carestiato, Fernanda Nahoum
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HPV
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7959
Resumo: Estudos têm apontado que as infecções persistentes pelos Papilomavirus humanos (HPV) de alto-risco, principalmente o tipo 16, são responsáveis pelo desenvolvimento do câncer do colo do útero. O principal pré-requisito para o desenvolvimento de um fenótipo maligno é a integração do genoma viral ao genoma da célula hospedeira, permitindo assim a expressão contínua dos oncogenes virais E6 e E7. Podemos considerar ainda a modificação dos níveis de expressão de genes virais e do hospedeiro causadas pelas alterações epigenéticas, como a metilação do DNA, que contribuem para o processo carcinogênico. O objetivo desta tese foi estudar as infecções causadas por HPV16 no colo do útero de pacientes atendidas no Instituto de Ginecologia da UFRJ, no período compreendido entre 2012 – 2013, bem como a possibilidade de integração do tipo 16 em 2 grupos de pacientes: portadoras de lesões não malignas e portadoras de lesões malignas; considerando ainda aspectos da metilação em gene do hospedeiro (p16INK4a); e relacioná-las à gravidade das lesões cervicais encontradas, avaliando características sócio-demográficas. Para tanto, os esfregaços cervicais das pacientes foram submetidos à detecção da presença do DNA do HPV pela PCR usando iniciadores genéricos MY09/MY11 e Gp5+/6+, genotipagem dos HPV através da PCR com iniciadores específicos para o gene E6 do HPV16; determinação do estado físico (epissomal e integrado) do genoma viral do HPV16 através da PCR para região E1-E2 dos vírus; avaliação do grau de metilação do gene p16INK4a do hospedeiro através da Nested-MSP; confrontando os resultados com as variáveis epidemiológicas. Nossos resultados mostraram 89,7% (52/58) de integração do genoma do HPV16 nas lesões malignas e 78,6%(33/42) de integração nas lesões não malignas. Encontramos 76% das amostras estudadas com o gene p16INK4a com algum grau de metilação e 24% não apresentaram metilação. A integração foi um evento precoce em relação à metilação; que por sua vez mostrou um crescimento acompanhando o aumento da severidade das lesões, porém sem significância estatística. A única variável epidemiológica com significância estatística foi a menarca para ambas as observações, e paridade para metilação. Ainda serão necessários mais estudos e padronização das duas técnicas, que se mostraram boas ferramentas na detecção viral e na tomada de decisões quanto ao tratamento e monitoramento pós-tratamento das pacientes com lesões precursoras de câncer cervical