Comparação da suplementação com extrato aquoso de Camellia Sinensis e Hibiscus Sabdariffa L. e seus efeitos sobre o perfil bioquímico e balanço redox sérico em ratos adultos saudáveis e obesos induzidos por dieta hiperlipídica

• Ano de defesa: 2025
• Autor(a) principal: Teles, Cyntia Gomes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Camellia sinensis; Hibiscus Sabdariffa L.; Balanço redox; Parâmetros bioquímicos; Compostos fitoquímicos; Hibiscus; Biomarcadores; Antioxidantes; Estresse oxidativo; Dieta hiperlipídica; Rato Wistar
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36429

Os compostos bioativos presentes na Camellia sinensis e Hibiscus sabdariffa L. podem atuar no metabolismo de forma a prevenir e tratar as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos do uso do extrato aquoso dos chás de Camellia sinensis e Hibiscus sabdariffa L. sob os parâmetros bioquímicos relacionados ao metabolismo lipídico e analisar o balanço redox sérico em ratos adultos saudáveis e obesos induzidos por dieta hiperlipídica. Foram utilizados 60 ratos machos Wistar, com 30 dias de idade, que foram divididos em: grupo Controle (C, n=30) receberam dieta comercial e Grupo Hiperlipídico (HL, n=30), receberam dieta hiperlipídica. Aos 90 dias de idade, o grupo C foi subdividido em: (1) Grupo Controle Salina, receberam dieta comercial e gavagem solução salina (CS, n=10); (2) Grupo Controle Chá Verde, receberam dieta comercial e gavagem extrato aquoso de chá verde (CCV, n=10) e (3) Grupo Controle Chá Hibisco, receberam dieta comercial e gavagem chá de hibisco (CCH, n=10), e o grupo HL foi subdividido em: (1) Grupo Hiperlipídico Salina, receberam dieta hiperlipídica e gavagem solução salina (HLS, n=10); (2) Grupo Hiperlipídico+Chá Verde, receberam dieta hiperlipídica e gavagem chá verde (HLCV, n=10) e (3) Grupo Hiperlipídico + Chá Hibisco, receberam dieta hiperlipídica e gavagem chá de hibisco (HLCH, n=10), por 30 dias consecutivos na dose de 100mg/Kg massa corporal. Em PN90 observamos que o grupo HL apresentou redução do consumo total de ração (-36%, p<0,05 vs C) e da da massa magra corporal (-11%, p<0,05), e aumento do percentual de gordura corporal (+29%, p<0,05) e do conteúdo de gordura corporal (+25%, p<0,05). Em PN120, foi coletado sangue para determinar os parâmetros bioquímicos e balanço redox sérico. CCV apresentou aumento de HDL (+21%, p<0,05 vs CS) e menor FRAP (-30%, p<0,05 vs CS) e ORAC (-9%, p<0,05 vs CS), e aumento de proteína carbonilada (+69%, p<0,05 vs CS). O grupo CCH apresentou diminuição de triglicerídeos (-33%, p<0,05 vs CS), colesterol total (- 20%, p<0,05 vs CS), HDL (-17%, p<0,05 vs CS), VLDL (-33%, p<0,05 vs CS), proteína total (-6%, p<0,05 vs CS) e creatinina (-12%, p<0,05 vs CS), aumento de DPPH (+53%, p<0,05 vs CS), FRAP (+48%, p<0,05 vs CS) e catalase (+154%, p<0,05 vs CS) e diminuição de proteína carbonilada (-86%, p<0,05 vs CS) e SOD (-60%, p<0,05 vs CS). O grupo HLCH apresentou redução de triglicerídeo (41%, p<0,05), colesterol total (-29%, p<0,05 vs HLS), HDL (-24%, p<0,05 vs HLS), VLDL (-45%, p<0,05 vs HLS), LDL (-33%, p<0,05 vs HLS) aumento de FRAP (+38%, p<0,05 vs HLS), ORAC (+30%, p<0,05 vs HLS), proteína carbonilada (82%, p<0,05 vs HLS), catalase (+138%, p<0,05 vs HLS) e diminuição de SOD (60%, p<0,05 vs HLS). HLCV apresentou diminuição de albumina (-27%, p<0,05 vs HLS), proteínas totais (-17%, p<0,05 vs HLS), TGP (-30%, p<0,05 vs HLS), fosfatase alcalina (-30%, p<0,05 vs HLS), bilirrubina direta (-33%, p<0,05 vs HLS), TBARS (-59%, p<0,05 vs HLS) e aumento de proteína carbonilada (+161%, p<0,05 vs HLS) e SOD (+54%, p<0,05 vs HLS). A ingestão do chá de hibisco quando comparada com a de chá verde trouxe maiores benefícios ao perfil lipídico e aumento da atividade antioxidante.