Regência verbal em produções textuais escolares: variação, norma e ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Almeida, Elisa da Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9457
Resumo: Uma vez observada a variação regencial dos verbos ir e chegar, quando seguidos de complemento locativo, em produções textuais de alunos concluintes do ensino médio, o presente trabalho teve como objetivo verificar, no que concerne ao fato linguístico investigado, se as ocorrências desses verbos estariam em maior quantidade na forma não padrão ou se os alunos utilizariam, em maior frequência, a forma recomendada pela gramática tradicional. A linha teórica adotada é a Sociolinguística, para a qual a variação e a mudança são inerentes às línguas, como um fenômeno cultural provocado por elementos linguísticos e extralinguísticos. Dessa forma, com base em amostras do uso real da língua, buscou-se pesquisar sobre o ensino da regência verbal em sala de aula e, assim, levantar reflexões que possam contribuir para um ensino mais produtivo da regência verbal, como também para o trabalho da variação linguística nas aulas de Português. Apoiados nos princípios de Labov (2008) e outros pesquisadores, foram analisadas amostras dos verbos selecionados em produções textuais construídas durante as aulas de Língua Portuguesa, de alunos da 3a série da educação básica de colégios públicos e particulares no município do Rio de Janeiro. Foram consideradas apenas as ocorrências dos verbos ir e chegar quando seguidos das preposições “a”, “para” (forma padrão) e “em” (forma não padrão), pois a pesquisa teve o objetivo de saber se os verbos estão ou não sofrendo variação de regência. Foram testados no corpus do trabalho fatores linguísticos postulados por Mollica (1996) e Wiedemer (2008), os quais demonstraram que existem motivações para o uso de uma ou outra preposição. Observou-se que, na investigação dos empregos dos verbos ir e chegar junto a complementos locativos, em todos os colégios pesquisados, o uso padrão apresentou-se em maior frequência com o verbo ir; já com o verbo chegar, o maior número de ocorrências se deu com o uso não padrão