Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Camilla Ramalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3349
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Resumo: |
O presente trabalho tem por objetivo analisar algumas peças publicitárias fictícias, disponíveis em um site de humor, intitulado Desencannes, discutindo de que maneira as referidas peças subvertem muitas das estratégias de captação usadas pela publicidade canônica, assim como se valem de outras. Na realidade, a principal finalidade do discurso desencannado é desconstruir toda a seriedade do fazer publicitário tradicional, provocando, assim, o riso em seus destinatários. Para que tais análises fossem, de fato, empreendidas, recorreu-se a alguns pressupostos da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, cunhada por Patrick Charaudeau, como é o caso dos conceitos de sujeitos do ato de linguagem, Processo de Semiotização do Mundo, Contrato de Comunicação, Visadas Discursivas e Competências Comunicacionais, haja vista que todos esses anúncios só são possíveis dentro de um novo universo criado na e pela linguagem, posto que subvertem o quadro de referência tradicional ao qual se reportam os sujeitos do ato de linguagem, principalmente, no que tange às visadas discursivas, escolhidas para fazer parte do discurso desencannado. As noções de ethos e pathos também foram resgatadas, afinal, a imagem que o sujeito enunciador quer passar de si no discurso, bem como as estratégias de patemização que escolhe para fazer parte desse discurso, são fundamentais na compreensão e na interpretação dos textos desencannados. Recorreu-se, ainda, aos estudos de alguns autores sobre publicidade canônica para que se pudesse estabelecer quais das estratégias foram utilizadas, quais, no entanto, foram deixadas de lado e quais, por sua vez, foram subvertidas. Por fim, como a intenção primeira do sujeito enunciador do Desencannes é fazer seu destinatário rir, tornou-se preciso explorar as concepções de humor de Freud (1996), Bergson (2001), Bakhtin (2013) e Almeida (1999) a fim de que se pudesse entender por que e como o riso foi produzido. Assim sendo, torna-se possível estabelecer que as peças publicitárias do Desencannes são, na realidade, publicidades às avessas, já que não têm a intenção de vender uma marca, mas, sim, de colocar em xeque toda a rigidez do discurso publicitário canônico, afirmando que publicidade “boa de verdade” é aquela que faz seu destinatário rir e não aquela que se prende a paradigmas e modelos engessados |