Em defesa da Pequena África: estudo etnográfico sobre engajamento político pela memória de africanos e afrodescendentes no Rio de Janeiro/RJ
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/25975 http://dx.doi.org/10.22409/PPGA.2021.d.13624330713 |
Resumo: | Por meio desta tese de doutorado, analiso o trabalho de engajamento político pela memória dos africanos que desembarcaram no Rio de Janeiro durante o período escravocrata, e de seus descendentes. O estudo se realiza através de etnografia sobre o trabalho da Comissão Pequena África. Trata-se de arranjo político formado, majoritariamente, por ativistas engajados na causa racial, articulados para discussão de ações de preservação do Cemitério dos Pretos Novos da Igreja Santa Rita e de outros locais atribuídos ao território conhecido como Pequena África do Rio de Janeiro. O Cemitério dos Pretos Novos da Igreja Santa Rita funcionou no século XVIII no centro da cidade do Rio de Janeiro, sendo considerado o primeiro cemitério destinado exclusivamente ao enterramento de corpos de africanos recém-chegados durante o período escravocrata (XVI-XIX). Em 2018, iniciou-se implementação de projeto de pesquisa sobre os vestígios desse cemitério, vinculado ao processo de licenciamento ambiental para construção de uma nova linha de transporte no centro da cidade. A partir desse cenário, a Comissão Pequena África se articula. Por meio deste estudo, defendo que o trabalho de engajamento político de seus membros, pautado na mobilização de noções como ancestralidade negra e reparação histórica em suas estratégias discursivas, atualiza demandas articuladas ao longo do século XX no seio de lutas sociais de combate ao racismo no Brasil. Especialmente, a defesa pela institucionalização de narrativas de resistência ao regime escravocrata que enfatizam o protagonismo de negras e negros nas lutas por emancipação social e política no Brasil. |