MAAT: o princípio ordenador do cosmo egípcio: uma reflexão sobre os princípios encerrados pela deusa no reino antigo (2686-2181 a.C.) e reino médio (2055-1650 a. C.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Câmara, Giselle Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16626
Resumo: A presente dissertação propõe uma reflexão sobre o significado expressado pela deusa/princípio Maat durante os Reinos Antigo (2649-2129 a.C.) e Médio (2023-1720a.C.) períodos esses que constituíram em parte a história do Egito Faraônico. Tal deusa encerrava em si os atributos de verdade/justiça/ordem/equilíbrio. De acordo com os mitos cosmogônicos egípcios, a referida divindade foi gerada no primeiro movimento da criação cósmica, juntamente com seu irmão gêmeo Shu, o sopro vital, e só após o nascimento de ambos o mundo dos deuses e dos homens pode então ser criado. Além de Maat ser a condição de existência necessária para que o processo de criação do cosmo pudesse ter continuidade, as atribuições a ela associadas não se restringiram apenas ao âmbito “religioso”, servindo, outrossim, de esteio para estruturação política e social da cultura em foco. Tratando-se de um povo cuja cosmovisão se assentava no mito e cuja função temporal do faraó, e por extensão da sociedade como um todo, era viabilizar a reprodução e a manutenção de uma ordem perfeita existente a priori, a deusa/princípio lançou as bases que legitimou o pacto de governabilidade do monarca para com o seu povo, e forneceu as diretrizes ao comportamento do homem egípcio, pois pode ser considerada a medida ética que orientou a conduta moral nos âmbitos individual e coletivo