Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Tatiana Viana de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34174
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Resumo: |
A presente dissertação buscou apreender desafios, estratégias e moralidades atinentes à articulação entre maternidade e carreira acadêmica, sob uma perspectiva antropológica, tendo por base pesquisa etnográfica realizada, entre os anos de 2021 e 2023, junto a doze mães docentes e pesquisadoras de instituições públicas de ensino superior no Brasil. Se, por um lado, há hoje grande produção literária e midiática quanto à chamada maternidade intensiva (HAYS, 2007), que, para algumas autoras (BADINTER, 2011), reforça a representação tradicional da boa mãe, como aquela que está sempre disponível (e satisfeita) para o cuidado dos filhos (BITENCOURT, 2019); por outro, o feminismo da “segunda onda” teve com o umade suas bandeiras o ideal de autorrealização da mulher, enfatizando a identidade profissional e independência financeira. Desta forma, com certa frequência, a categoria conciliação é utilizada quotidianamente como possibilidade de atendimento simultâneo destes ideais, no qual o trabalho remunerado e as tarefas de cuidado poderiam ser exercidos de forma harmônica e equilibrada. Nesta pesquisa, busquei compreender como minhas interlocutoras articulam, através de diversas práticas e estratégias, o exercício da maternidade e as suas trajetórias e carreiras acadêmicas, abordando também as percepções e moralidades envolvidas nessas vivências, bem como os aspectos institucionais delas, problematizando o paradigma da conciliação. Conforme veremos, a maternidade trouxe transformações pessoais e sociais, tanto no aspecto de suas vidas privadas, quanto nas percepções das práticas e normas atinentes à carreira acadêmica, possibilitando o aprofundamento de reflexões quanto ao tema, que vem se destacando sobretudo a partir da pandemia do COVID-19. |