A população em situação em situação de rua e os modos de vida no protagonismo do cuidado: vida inventada ou capturada ?
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/27049 http://dx.doi.org./10.22409/PPGSC.2022.m.10273112708 |
Resumo: | Resumir em até 500 palavras a pesquisa da qual deriva minha vida é uma tarefa um tanto árdua, assim como foi compor esta tese e os artigos anexos que a seguem, vivenciando meus afetos e minhas memórias, transformando-me ao longo do caminho. No presente relato, que escolho abandonar a careta nomenclatura de tese e nomear: carta de amor, mapa afetivo, rizoma, pretendi elencar meus principais afetos na trajetória com os viventes da rua, procurando sempre trazer à tona um olhar não cristalizado, como os de um primeiro encontro, com seu gaguejo e frio na barriga inerentes, molhado na chuva, sem guarda-chuvas, entregue. Avesso à burocracia e as seleções acadêmicas, que inquietaram e indignaram por anos, começo o processo um, termino outro, outros e permaneço em constante processo de desterritorialização e reterritorialização. Assumindo uma nova forma de olhar e vivenciar a academia e a vida. Tal escrita tem como cerne o encontro, sempre novo, inédito, inventado, em ato. É atravessada por um cenário complexo e contra-fissurado, incluindo a iminência de uma pandemia de ordem mundial, que metamorfoseou tudo ao seu redor. E utiliza a cartografia e a autocartografia como método de análise e reflexão, lente. Nesse caminho, utilizo autores já conhecidos, pensados desde a elaboração do projeto, como Lancetti, Emerson Merhy, Túlio Franco, Spinoza, mas me descubro e me lanço em vários outros também, como Artourd, Deleuze e Guatarri, Suely Rolnik e tantos mais, os quais pude navegar e me aprofundar, e principalmente aqueles que, na autoria de suas vidas, inventadas ou capturadas, vivenciam as ruas em seus modos de existir e re-existir. Eu, Pedro, multidão, psicólogo, cartógrafo de mim e dos encontros, como profissional que utiliza a escuta e a cartografia como ferramenta, assumo um lugar não-neutro, implicado, comprometido no desejo de encontramento com a diversidade e singularidade desse público, e de mim mesmo, priorizando o encontro e o que dele advém, abnegando qualquer suposto conhecimento prévio e técnico sobre algo. Diante do exposto, a pergunta que norteia esse projeto de mestrado/vida, e repercute em tantas outras, questão-dispositivo, consiste em: Como produzir cuidado-COM, a partir dos modos de vida que se inventam e reinventam no cotidiano das ruas? |