Contribuição da educação empreendedora no ensino médio: a experiência do Programa Empreende Jovem Fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Elisângela Modesto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Volta Redonda
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16949
http://dx.doi.org/10.22409/PPGA.2019.mp.15392595871
Resumo: O objetivo principal desta pesquisa é analisar a contribuição de um programa de educação empreendedora na educação básica regular, especificamente, no Ensino Médio, na perspectiva dos principais atores envolvidos no processo. Neste estudo, que tem abordagem qualitativa, foi analisada a contribuição de um programa de educação para o empreendedorismo oferecido a estudantes do ensino médio, matriculados no 1º e 2º anos, em escolas públicas da cidade de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. O estudo de caso em tela é o Programa Empreende Jovem Fluminense (EJF), oferecido pelo Departamento de Empreendedorismo e Gestão da Universidade Federal Fluminense, cuja proposta pedagógica adotou a abordagem de educação para o empreendedorismo, que tem o objetivo de orientar para o trabalho e desenvolver habilidades cognitivas e conhecimentos necessários para uma personalidade empreendedora. Para tanto, a proposta de desenvolvimento de competências do Empreende Jovem Fluminense foi alinhada com as competências propostas pelo eixo empreendedorismo da Base Nacional Comum Curricular e com o Modelo de Referência de Competências Empreendedoras – EntreComp. E as contribuições do programa foram avaliadas levando-se em conta as dimensões para avaliação da educação empreendedora propostas pelo Relatório Assessment Tools for Entrepreneurship Education. Os dados foram coletados através de grupos focais e entrevistas individuais, em que se buscou identificar as percepções de professores, gestores escolares, pais ou responsáveis, instituição parceira da iniciativa e dos próprios estudantes, sobre as diferentes dimensões do programa. A análise de conteúdo foi o método escolhido para a análise e categorização dos dados. Os resultados sugerem que as habilidades não cognitivas desenvolvidas pelo programa Empreende Jovem Fluminense foram mais bem percebidas pelos gestores escolares, pela organização parceira, estudantes e pais ou responsáveis. Já o desenvolvimento de habilidades de nível cognitivo foi mais bem percebido pelo docente entrevistado. Algumas competências não alcançaram nível desejado de desenvolvimento e o escopo de disciplinas e o formato blended, que mescla ensino a distância com presencial poderão ser revistos. A falta de maturidade dos jovens, que frequentaram o programa para alguns conteúdos e a dificuldade de acesso aos materiais disponibilizados na plataforma on line também foram fatores limitadores. Esse estudo deixa como sugestão de pesquisa futura, a elaboração de uma nova proposta de educação para o empreendedorismo, mais adequada à faixa etária dos jovens do ensino médio, para avaliação comparativa aos resultados apresentados nessa pesquisa e com participação mais do corpo docente das escolas participantes, não apenas como observadores, mas com atuação efetiva em parceria com a equipe da UFF.