Trajetórias assistenciais de pacientes com câncer: aspectos do cuidado integral em operadora de autogestão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Constâncio, Thiago Inocêncio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8996
Resumo: Este estudo traz uma abordagem inovadora e complementar às metodologias convencionais para avaliação em saúde. Analisamos o cuidado em saúde pela perspectiva do usuário. A magnitude do câncer no Brasil tem mobilizado importantes esforços em termos de dar assistência de qualidade aos portadores dessa doença. Por outro lado, estudos anteriores apontam para a existência de oferta fragmentada da atenção oncológica no setor de saúde suplementar, bem como a insuficiência de coordenação do cuidado por parte das operadoras. Tivemos o objetivo de analisar qualitativamente a trajetória assistencial de pacientes oncológicos de operadora de saúde suplementar no Brasil, a partir de aspectos do cuidado integral em saúde. A metodologia leva em conta as seguintes categorias para análise das trajetórias: acolhimento, vínculo-responsabilização e coordenação do cuidado, estudados a partir de um caso específico de operadora de saúde de autogestão de pequeno porte. Por outro lado, também analisamos os casos de câncer de mama, lançando mão de publicações oficiais do INCA. No ano de 2008, foram levantadas informações junto ao plano de saúde e realizadas entrevistas presenciais e semiestruturadas com 8 pacientes oncológicos, de um universo de 24 pessoas em tratamento no ano anterior. Perfil dos entrevistados: 4 mulheres e 4 homens; 62,5% maiores de 65 anos; 37,5% acometidos por câncer de mama, 25% de pulmão e 37,5% por diferentes cânceres. Resultados: o processo de acolhimento realizado por prestadores foi considerado satisfatório, mas insatisfatório quanto ao atendimento do plano. O processo de vínculo de responsabilização foi considerado inadequado. Fragmentação do cuidado, desarticulação entre prestadores, ausência de oferta de referências médicas e desconhecimento das práticas dos prestadores por parte da operadora. Houve baixa influência da operadora nas trajetórias terapêuticas (75% dos pacientes entrevistados procuraram médicos não credenciados) o que pode ter impactado na resolutividade dos casos. Recomendações do INCA atendidas prioritariamente quanto ao tempo para conclusão da investigação diagnóstica e para início do tratamento, mas houve problemas quanto à medidas de promoção e prevenção ao câncer. Conclui-se que apesar do acesso mais facilitado às tecnologias de saúde no setor suplementar, o cuidado oferecido é parcialmente efetivo no que tange aos aspectos do cuidado integral e às recomendações do INCA