Padrões funcionais dos pronomes locativos em textos opinativos do século XVIII ao XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Monique Petin Kale dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9692
Resumo: Sob o enfoque do funcionalismo linguístico, nos termos de Givón (2001), Bybee (2003), Furtado da Cunha, Oliveira e Martelotta (2003) e Traugott e Dasher (2005), propomos a análise dos padrões de uso dos pronomes locativos aí, aqui, ali, lá, cá, bem como dos seus aglutinados daqui, dali e daí. A definição dos locativos como objeto de estudo se deve à alta alta freqüência com que são usados em relação aos demais membros da classe adverbial, conforme propõe Givón (2001). Nossos corpora constituem-se em textos de cunhos opinativos produzidos no Brasil e em Portugal entre o século XVIII e o século XX. A fim de uma maior exatidão na interpretação e comparação dos dados, selecionamos em cada sincronia duas obras críticas, a saber: do século XVIII, Reflexão sobre as Vaidades dos homens, de Matias Aires e Verdadeiro Método de Estudar, de Luis António Verney; do século XIX, Segundo livro de crítica: arte e litteratura portugueza d'hoje : (livros, quadros e palcos), de Luciano Cordeiro e Críticas, de Machado de Assis; do século XX, Formação da Literatura Brasileira (Momentos decisivos) 1o. Volume (1750-1836), de Antônio Candido e Nós e a Europa: ou as duas razões, de Eduardo Lourenço. Desse modo, observamos nos materiais analisados: 1) aspectos de mudança e variação ocorridos nesta época; 2) a ordem dos pronomes adverbiais locativos em relação ao verbo da sentença; 3) a polissemia que caracteriza seus usos; 4) e o processo de gramaticalização sofrido pelos locativos. Através dos resultados obtidos, confirmamos algumas de nossas hipóteses, a saber: 1) as posições pré-verbais revelam-se mais frequentes no século XVIII e as pós-verbais tornam-se mais recorrentes a partir do século XIX; 2) a posição contígua à direita do verbo é considerada a ordenação não-marcada do português atual (Martelotta, 2006); 3) quanto à referenciação dos pronomes locativos, estes tendem à articulação de sentido abstrato textual; 4) em relação à foricidade, grande maioria encontra-se em sentenças anafóricas; 5) o frame não-espacial mostrou-se mais recorrente em virtude das características do gênero opinativo