As edições do cânone: da fase Buarqueana na coleção História Geral da Civilização Brasileira (1960-1972)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Furtado, André Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14613
Resumo: A partir da segunda metade do século XX teve início no Brasil um processo de reconfigurações no campo acadêmico, devido ao aparecimento dos primeiros resultados da criação das universidades nos anos trinta. Atenta a esses clima e público, a editora Difusão Europeia do Livro (Difel) fomentou o projeto da coleção História Geral da Civilização Brasileira (HGCB), publicada entre 1960 e 1984. Com a adoção da autoria coletiva e a busca por colaboradores imersos no domínio do conhecimento especializado, o empreendimento inovava ante um mercado editorial mais afeito a imprimir obras de intelectuais multifacetados. Em observância à recepção, aos conflitos do mundo letrado e ao novo modelo de coleção que se implementava, os objetivos desta pesquisa visam interrogar a HGCB na fase coordenada por Sérgio Buarque de Holanda. Assim, o destaque recaiu sobre 1960, ano da publicação do primeiro volume da HGCB, até 1972, quando o historiador deixou o projeto, após a edição da obra Do Império à República. Estes anos são um momento chave no estabelecimento da História enquanto disciplina acadêmica no país e foi também um tempo no qual o debate sobre a emergência de uma autêntica civilização nos trópicos ganhou força. Além disso, a fase Buarqueana da coleção HGCB constituiu-se como uma espécie de arena para as disputas da cultura escrita, caras à urdidura de uma rede de sociabilidades indispensável ao posterior destaque assegurado ao nome do intelectual junto à historiografia brasileira. Por isso é essencial aos contornos responsáveis pelo início das edições e ajustes operados em torno da trajetória do autor, hoje convertido em cânone