Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ramôa, Hosana do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/15091
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Resumo: |
Vivendo em uma cultura que preconiza a interpretação dos acontecimentos e que constantemente constrói sentidos para o que vivenciamos, a produção de presença se apresenta como um desejo de reconexão com o mundo e os sujeitos que o habitam, valorizando a corporeidade e a relação física com tudo o que nos cerca. Mediante essa percepção, esta dissertação tem como objetivo compreender quais as “maneiras de fazer” (CERTEAU, 1994) mobilizadas pelos professores de História em suas aulas que impulsionam a produção de presença, tendo por base os saberes docentes. Com o intuito de ouvir os profissionais sobre seu trabalho, buscando entender como compreendem e (re)significam a realidade e suas aulas, nossas reflexões se pautaram na observação de aulas de História, em conjunto com a gravação em áudio das mesmas e anotações em um caderno de campo que nos encaminharam para uma entrevista com cada um dos três professores acompanhados no ano de 2018. Para realização desta investigação seguimos a referência metodológica de Miriam Goldbeng (2004) que estabelece quatro fases de estruturação do trabalho: (i) Exploratória, (ii) Aprofundamento, (iii) Realização da pesquisa e (iv) Separação da pesquisa. Na fase “exploratória” fizemos o levantamento bibliográfico para conhecimento e aproximação do objeto de investigação, nos encaminhando para a fase de aprofundamento, na qual pudemos construir o caminho metodológico para alcançar o objetivo proposto. Foi possível, ainda, realizar uma leitura sobre a constituição do campo do Ensino de História, vislumbrando um entendimento acerca de alguns debates atuais e configurando uma concepção da qual nos apropriamos para pensar nosso campo de trabalho. Em contrapartida, operamos com alguns referenciais para depurar nosso olhar sobre a atuação docente no espaço da aula de História, levantando reflexões e ponderações acerca da constituição e mobilização dos saberes docentes para a produção de presença no fenômeno educacional. A terceira fase trata da realização da pesquisa, especialmente o que diz respeito ao trabalho de campo. Na delimitação do campo de investigação, nos apropriamos da diferenciação que Michel de Certeau faz entre “lugar” e “espaço”, diferenciando a sala de aula da aula em si, com isso escolhemos três professores que trabalhassem e/ou morassem no Município de São Gonçalo (RJ) e ministrassem aulas de História. Além de buscar a valorização dos profissionais da cidade, essa escolha também se deu pelo conhecimento do trabalho desenvolvido pelos mesmos. Na última etapa, construímos algumas categorias temáticas para mapear a empiria produzida e, inspirados pela análise do discurso, analisar o material obtido em campo com base nos referenciais desse trabalho. Sendo assim, observamos que, de um modo geral, mesmo diante de uma sociedade de sentido, e, por conseguinte, um ensino que preze a interpretação, existe nos saberes e na ação docente indicativos que assinalam a potencialidade de pensar o ensino mediante a tensão entre presença e sentido para uma educação e uma vida mais humana |