Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Dart, Paula de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9257
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Resumo: |
Introdução: Práticas alimentares contemporâneas tem sido objeto de preocupação das ciências da saúde desde que os estudos epidemiológicos passaram a sinalizar estreita relação entre a dieta e algumas doenças crônicas associadas à alimentação. A importância de ter uma família com conceitos bem estruturados sobre alimentação balanceada se torna cada vez mais fundamental para a formação de indivíduos saudáveis ou podemos também classificá-los de indivíduos livres das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Objetivo: Caracterizar os grupos de alimentos marcadores de DCV e avaliar se há agregação familiar entre cônjuges, entre filhos e pais e entre irmãos das famílias acompanhadas pelo Programa de Médicos de Família no município de Niterói. Métodos: Trata-se de um estudo transversal envolvendo as famílias participantes do estudo CAMELIA. A amostra foi constituída de 1098 indivíduos em 335 famílias, na faixa de 19 a 65 anos. Para investigar o consumo alimentar habitual da população estudada (adultos e adolescentes) foi aplicado um questionário de freqüência alimentar (QFA) específico para cada grupo, previamente validado. Foram criados grupos de alimentos análogos, devido ao número diferente de alimentos presente em cada QFA. Os itens do QFA foram agrupados em 16 grupos alimentares com base no estudo desenvolvido por Nettleton et al.; 2008 considerando suas semelhanças nutricionais, efeitos biológicos e freqüência de consumo associados com doença cardiovascular (DCV). Os fatores foram extraídos através da análise dos componentes principais (ACP) e para estimar as correlações familiares de desfechos e exposições foi utilizado o programa FCOR. Resultados: Foram encontrados quatro fatores que juntos explicaram 53,6% da variância total do consumo alimentar. Seus alimentos respectivamente foram representados por: primeiro fator: carnes vermelhas e processadas, gorduras, refrigerante normal, pães doces, fast food, ovos e açúcares; segundo fator: vegetais, bebidas cafeinadas e amiláceos; terceiro fator: arroz e feijão; quarto fator: frutas, refrigerante diet, carnes brancas e leite e derivados. A comparação das correlações entre os pares familiares em relação aos fatores permite inferir a influência da agregação familiar. As maiores correlações, ainda que moderadas, ocorreram no terceiro e segundo fatores. No terceiro fator (arroz e feijão), as maiores correlações envolveram os pares irmã/irmã (correlação= 0,53) e irmã/irmão VII (correlação= 0,36). No segundo fator (vegetais, bebidas cafeinadas e amiláceos), as maiores correlações envolveram os pares irmão/irmão, irmã/irmã, irmãos e irmã/irmão, com correlações variando entre 0,43 e 0,37 respectivamente. Apesar de fracas, também foram encontradas correlações estatisticamente significativas no primeiro fator (envolvendo os pares: pais/filhos e irmãos); segundo fator (envolvendo o par mãe/pai); terceiro fator (envolvendo os pares: mãe/filha, mãe/pai, pais/filhos e irmãos) e no quarto fator (envolvendo os pares: pai/filha, mãe/pai e entre pais/filhos). Conclusão: Evidenciamos agregação familiar mostrando a importância da influência familiar no surgimento de DCV. Sugere-se uma maior conscientização das famílias a fim de prevenir a reprodução de padrões alimentares que influenciam de maneira negativa no surgimento de DCV |