Síndrome metabólica e consumo alimentar em adolescentes assistidos pelo Programa Médico de Família, Niterói - RJ, Brasil: estudo Camélia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Tavares, Letícia Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9259
Resumo: Introdução: A síndrome metabólica (SM) engloba um conjunto de alterações metabólicas que predispõem ao maior risco de doenças cardiovasculares. A alimentação pode exercer papel fundamental tanto no surgimento dos componentes quanto na prevenção e tratamento da SM. Em crianças e adolescentes brasileiros, a prevalência da SM varia entre 0-42%, mais acentuada nos indivíduos com excesso de peso. Objetivo: Estimar a associação entre consumo alimentar e a SM em adolescentes assistidos pelo Programa Médico de Família (PMF) de Niterói-RJ, Brasil. Métodos: Estudo transversal de 247 adolescentes vinculados ao PMF selecionados entre julho de 2006 a dezembro de 2007. Os adolescentes com três ou mais dos seguintes componentes alterados foram considerados com SM: triglicérides, HDL-colesterol, circunferência da cintura, glicose sérica e pressão arterial. Estimou-se a ingestão alimentar aplicando questionário de frequência de consumo alimentar semiquantitativo e os alimentos foram agrupados em: minimamente processados, processados e ultraprocessados. A análise de variância One-Way Anova foi utilizada para avaliar diferenças na ingestão alimentar de acordo com o número de componentes da SM presentes. As associações (RP) foram estimadas por meio de Equações de Estimação Generalizadas (GEE), com modelo de regressão de Poisson. Resultados: A SM foi diagnosticada em 7,3% dos adolescentes e, dentre seus componentes, a redução do HDL-colesterol (46,6%) e a circunferência da cintura elevada (17,2%) foram os mais frequêntes. Na análise bruta, observou-se maior ingestão diária média de energia, carboidratos e alimentos ultraprocessados pelos adolescentes com SM. Após ajuste, a ingestão de alimentos ultraprocessados manteve associação com a SM (RP=1,23; p-valor=0,031). Conclusão: O consumo elevado de alimentos ultraprocessados associou-se à presença da SM em adolescentes assistidos pelo PMF de Niterói