Reação adversa à vacina da febre amarela e alergia ao ovo em uma população pediátrica atendida em um centro de referência para imunobiológicos especiais.
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26994 http://dx.doi.org./10.22409/PPGMMI.2021.m.09013463738 |
Resumo: | Introdução: A febre amarela é uma doença infecciosa potencialmente grave, com surtos evidenciados nos últimos anos. Não há tratamento específico e a vacinação é a forma mais eficaz para prevenção. A vacina febre amarela é cultivada em ovos embrionados de galinha e por isso pode ser contraindicada em indivíduos alérgicos ao ovo. Quando indicada, deve ser aplicada com cautela, após atendimento especializado para avaliação de testes alérgicos e necessidade de dessensibilização. A segurança desta vacina nos alérgicos ao ovo, doença prevalente na infância, ainda é pouco estudada. Objetivo: Descrever uma população pediátrica encaminhada por alergia ao ovo, com ou sem diagnóstico comprovado, e os casos de reações adversas do tipo imediata à vacina febre amarela em um centro de referência para imunobiológicos especiais (CRIE). Material e Métodos: Estudo transversal realizado com a coleta de dados retrospectivos de crianças entre 9 meses e 12 anos, vacinadas para febre amarela com história de alergia ao ovo, no período de 2018 a 2019. Resultados: Dentre as 829 crianças, com diagnóstico pressumido de alergia ao ovo, foi identificada uma maior prevalência de sintomáticos após exposição ao ovo, com IgE específica detectável para ovo, clara de ovo e/ou ovoalbumina. Testes alérgicos para vacina febre amarela foram realizados em 25 crianças com suspeita de alergia grave ou anafilaxia ao ovo, sendo 15 (60%) positivos com a vacina aplicada através de dessensibilização. Foram evidenciados apenas 11 (1,3%) casos de reação adversa imediata à vacina, todos classificados como evento adverso não grave e com acometimento especial da pele (reação local e exantema ou urticária). A maioria das reações ocorreu em menores de 2 anos, nos sintomáticos após ingesta de ovo e naqueles com altos valores de IgE específica para clara de ovo. Conclusão: Este estudo evidencia que a vacina febre amarela pode ser aplicada em crianças alérgicas ao ovo, de forma segura, inclusive naquelas com história de anafilaxia, desde que em ambiente adequado e com profissionais especializados. |