Tradição, conservação e urbanização : a área de proteção ambiental e a (re)produção do espaço urbano do município de Petrópolis/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gregório, Roberta dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34581
Resumo: O trabalho propõe-se a elucidar as principais formas de produção e reprodução do espaço urbano de Petrópolis, município da região serrana do Estado do Rio de Janeiro, que atualmente também compreende a maior parte da primeira Área de Proteção Ambiental da federação: a APA Petrópolis. Levando em consideração os aspectos ambientais e históricos da conformação urbana de seu sítio, buscamos identificar os principais elementos que pautaram a urbanização desigual do município ao longo de sua história. Utilizamos, como estudo de caso, a ampliação do processo de favelizações e do empreendedorismo de luxo como fenômenos urbanos que comprovam tais desigualdades em dois importantes distritos: a cidade de Petrópolis (Distrito Sede), também conhecida comoCidade Imperial e o Distrito de Itaipava (3° Distrito). O sítio urbano da cidade com todo seu conteúdo natural-culturalsempre foi tratado como um “espaço de raridade”, o que sempre motivou a grande valorização por parte do mercado imobiliário, inicialmente na sede municipal (através do Plano Koeler e a criação da Vila Imperial e o Palácio de Verão da Familía Real no século XIX) e atualmente no distrito de Itaipava (com a promoção de Condomínios de Luxo em áreas de preservação permanente). Consequentemente, a valorização dos terrenos e as peculiaridades do sítio urbano, ampliam a escassez de terras para a maior parte da população, contribuindo para o processo de favelização das áreas de risco. Propomos uma análise do discurso da proteção ambiental que, no caso de Petrópolis, vem sendo utilizado por classes privilegiadas, como forma de capital e uso privado daquilo que consideramos ser direito da coletividade: o patrimônio histórico-ambiental. Também procuramos comprovar que tal empreendedorismo tem sido respaldado pelas legislações federais e municipais mais pertinentes ao nosso estudo e, atémesmo, pelaAPAPetrópolis. Diante de taisfatos, procuramos relacionar a criação da APA Petrópolis, como grande contribuinte no processo de reprodução desigual do espaço urbano deste muncicípio e questionar a eficácia na criação de tal tipo de Unidade de Conservação como forma de promoção de um desenvolvimento sustentável que também seja includente.