Avaliação da saúde cardiovascular de ratos wistar machos e fêmeas submetidos à subnutrição durante a lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Farias, Raysa da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12661
http://dx.doi.org/10.22409/PPGCCV.2019.m.12831533783
Resumo: A forma mais prevalente de desordem nutricional em crianças de países emergentes é a subnutrição. Diferentes modelos animais foram desenvolvidos para estudar a Programação do Desenvolvimento decorrente de má nutrição durante o período perinatal, incluindo a estratégia de aumentar o tamanho da ninhada com redução da oferta de leite aos filhotes durante a lactação. Deste modo, o objetivo deste trabalho, aprovado pelo comitê de ética local (CEUA-UFF 812/2016), foi usar este modelo e avaliar o impacto da subnutrição perinatal na saúde cardiovascular de ratos Wistar machos e fêmeas em diferentes idades. Para tanto, as ninhadas foram aleatoriamente ajustadas após o nascimento para 8 ou 11-12 filhotes por mãe, de ambos os sexos na mesma proporção, originando respectivamente os grupos Controle e Subnutrição, machos e fêmeas. Após desmame no dia pós-natal (DPN) 21, o consumo de ração foi monitorado. Os animais foram avaliados nos DPN 30, 90 e 150, sendo submetidos à pletismografia de cauda, ecocardiografia e teste ergométrico de esforço máximo. A massa corporal foi monitorada ao longo de todo o período experimental. Os dados foram apresentados como média±erro padrão, analisados mediante aplicação de teste estatístico apropriado e a significância aceita foi de 5%. O aumento do tamanho da ninhada determinou menor massa corporal durante a lactação (p < 0,002). O consumo de ração após o desmame foi diferente entre grupos Controle e Subnutrição, tanto machos (p=0,001; p=0,001; p=0,012), como fêmeas (p=0,015), não sendo mais observada distinção quanto aos parâmetros corporais. No DPN150 foram observadas alterações quanto à espessura do septo interventricular (p= 0,029) e ao diâmetro do ventrículo esquerdo em diástole (p=0,016), à espessura relativa da parede (p=0,014) e à pressão sistólica (p=0,048), associados a um teste de esforço menos duradouro (p=0,004) e com comprometimento da distância percorrida (p=0,034), em fêmeas malnutridas. No DPN90 também se observou menor tempo de desaceleração da válvula mitral (p=0,001). Já machos adultos apresentaram apenas incremento da espessura do septo interventricular em diástole (p=0,028) e da massa do ventrículo esquerdo (p=0,015). O modelo experimental empregado foi então validado e, a despeito do crescimento de captura, a subnutrição durante a lactação foi associada a alterações na função e na geometria do coração, bem como à hipertensão sistólica e menor tolerância ao exercício em fêmeas adultas. Nos machos observou-se apenas hipertrofia miocárdica