Educação de jovens e adultos no século XXI: concepções em disputa para a formação do trabalhador brasileiro no período de 2003 a 2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lombardo, Bruna Nascimento Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EJA
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15566
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar as disputas presentes nas políticas ofertadas aos jovens e adultos da classe trabalhadora brasileira no período compreendido entre 2003 e 2014. Tomando como referência o materialismo histórico dialético, e reconhecendo o permanente movimento da história, a investigação partiu de um questionamento sobre como o partido dos trabalhadores, ao longo do período em que esteve na direção do país, concebeu a educação da classe trabalhadora. Baseando-se nas contribuições de Rummert (2002) e Ventura (2008) de que a EJA é a expressão da Educação ofertada a classe trabalhadora o trabalho se insere no esforço de fazer um balanço da gestão petista a partir da análise das políticas públicas para a modalidade. Para fundamentar esta análise recorremos também às contribuições de Antonio Gramsci (1982) quando trata do Estado. Para o autor, é essencial conceber o Estado numa perspectiva ampliada, cujas relações para a construção da hegemonia passam pelas mediações entre sociedade política (Estado estrito) e a sociedade civil. Considerando que o Partido dos Trabalhadores nas gestões de Lula da Silva e, na primeira gestão de Dilma Rousseff foram capazes de articular alianças necessárias a manutenção da hegemonia no Estado, a pesquisa lança mão dos programas de governo apresentados durante as campanhas de 2002, 2006, 2010 e 2014, tomando–as como expressão da concepção de Educação defendida pela Sociedade política. Para analisar a sociedade civil, seguindo os procedimentos propostos por Mendonça (2006), recorremos às atas da Comissão de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (CNAEJA) visando identificar os aparelhos privados de hegemonia, através de seus agentes (intelectuais orgânicos) tornaram a comissão um espaço privilegiado de análise desta disputa. Correlacionando as fontes primárias e somando-as a um referencial teórico atual sobre a EJA fomos capazes de identificar quatro concepções: “Educação como mercadoria”, “Educação ao longo da vida”, e “Educação para a diversidade” e “Educação da classe trabalhadora. A partir desta identificação, a pesquisa propõe uma análise crítica para o que está para além da aparência de cada uma delas