Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Schilke, Ana Lúcia Tarouquella |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/15679
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Resumo: |
Participar do espaço escolar é um direito subjetivo de qualquer criança, mas a forma como tal participação ocorre nos instiga a pensar se esta forma de inserção social tem a possibilidade de induzir a agenda política que norteia a ação pedagógica implementada na escola. Problematizar a participação infantil no contexto escolar justifica-se porque historicamente as crianças não eram vistas como sujeitos sociais e de direitos, sendo o reconhecimento da criança como participante ativo da sociedade algo bastante recente. Outra dimensão a ser considerada é que no contexto escolar, muitas vezes, a criança ainda é compreendida como um vir a ser, que precisa ser disciplinada e educada como uma espécie de tábula rasa a ser moldada pelos adultos. Atenta a este contexto, intenciono, na presente tese, problematizar o lugar político que a criança ocupa no cenário educacional, ao investigar, a partir da constituição de representação estudantil em uma unidade escolar pública no município de Niterói, como se dá a participação infantil na escola e seus efeitos sobre esse contexto. Ao investigar os processos de participação estudantil, o estudo interroga as formas mais ou menos potentes desta participação e busca entender seus fundamentos, tomando como referencial teórico e metodológico o estudo do Pensamento Abissal, os Estudos com o Cotidiano, a Sociologia da Infância e o debate sobre as relações opressoras que sustentam uma determinada forma de participação. Durante o percurso da pesquisa no qual reconheço as crianças como parceiras de estudo, coloco em discussão o que significa ser criança e de que elas podem participar. Isso ocorre, pois, no encontro com as crianças ficava, ora implícita, ora explicita, a ideia de (in)capacidade destas de negociar, de influenciar e de codecidir com os adultos sobre a dinâmica escolar. Ao ouvi-las, no contexto do trabalho realizado, foi possível compreender que a sua participação na dinâmica escolar, pelo menos hegemonicamente, ainda é excludente, passiva e relativamente dissociada da possibilidade de intervenção no trabalho desenvolvido na escola. Desta forma, o referido estudo problematiza as relações de poder estabelecidas no interior da escola de maneira a tensionar a dimensão antidialógica que sustenta a relação pedagógica, reconhecendo que o diálogo é caminho a ser trilhado para compartilhar poderes. Assim, ouvir, dialogar e deliberar são elementos necessários para que crianças e adultos, em processos de codecisão, possam vivenciar a participação como alternativa solidária e emancipadora na qual a voz da criança tenha a força de pronunciar o mundo |