A poética do sarau em a moreninha: liturgia e semiose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Araujo, Jander Antonio Sá de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8906
Resumo: Com interesse particular nos estudos da oralidade no universo medieval, este trabalho visa a historiografar o sarau em sua origem etimológica e filológica. Investiga-se a sua liturgia enquanto estética da poética oral performatizada, enfatizando a análise das relações entre a recepção e o discurso, a voz, corpo e a interação entre performer e público atual, conforme os pressupostos teóricos baseados nos estudos do medievalista Paul Zumthor. Esta pesquisa pretende demonstrar a influência da poética do sarau na obra A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo. Para tanto, serão abordados a voz do escritor romântico nos salões literários, o envolvimento dos poetas do século XIX com as festas literárias na esfera pública e privada, a presença da figura feminina nos saraus aristocráticos e as indumentárias que as personagens da obra de Macedo usam para compor o figurino e o cenário a partir da festividade lítero-musical. Há toda uma performance por trás das ações da protagonista Carolina, considerada a mais bela mulher morena da festa. Em seguida, discorre sobre a interseção entre a experiência do sarau e a teoria da recepção, preconizada por Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser, estabelecendo conceitos e normas para a realização dos saraus oitocentistas