Fluxos de óxido nitroso e potenciais fatores ambientais de controle em uma floresta tropical pluvial atlântica na Serra do Mar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Perry, Isabela Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7533
Resumo: A área original de Mata Atlântica ocupa toda a costa brasileira e áreas do Paraguai e Argentina. Ao longo dos anos, a floresta, considerada um hot spot em biodiversidade mundial, vêm sendo atingida por atividades como agricultura e urbanização que devastaram a maior parte de sua area original restando apenas 10% (100.000 km2), concentrada em regiões maior de altitude. Além disso, a deposição atmosférica de N é elevada em regiões de Mata Atlântica como em áreas dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo; mas, pouco se sabe sobre as consequências da deposição de N nesses ecossitemas. O estudo foi conduzido na Serra dos Órgãos (22.782 km2), nas proximidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Serra do Mar. A floresta é caracterizada como tropical úmida e a região rigorosamente protegida. A vegetação varia ao longo de um gradiente altitudinal que atinge 2,200m de altitude. Estudos relatam que a deposição atmosférica de N na Serra dos Órgãos varia entre 14-24 kg ha-1 ano-1. A deposição de N em florestas tropicais tende a aumentar a emissão de N2O para a atmosfera, gás de efeito estufa. O principal objetivo foi verificar a variação nos fluxos de N2O nas áreas de Guapimirim (~400m) e Teresópolis (~1200m), na Serra dos Órgãos; e, identificar os principais fatores de controle do fluxo de N2O. Carbono e nitrogênio foram analisados no solo e throughfall. Espaço de poros preenchidos por água (EPPA) e temperatura do solo foram também verificados. Emissão de N2O foi a menor já estimada para florestas tropicais (< 1kgN ha-1 ano-1) e fluxos de amônio na transprecipitação foi o segundo maior já mensurado em floretas tropicais. Temperatura do solo, EPPA, razão C/N e Ctotal foram os principais fatores controlando os fluxos de N2O, sazonalmente. Nitrogênio orgânico dissolvido (NOD) e o balanço entre NOD e nitrogênio inorgânico dissolvido (NOD/NID) na transprecipitação foram positivamente correlacionados aos fluxos de N2O. Apesar da elevada deposição atmosférica de N e da disponibilidade de N no solo, a emissão de N2O é baixa na Serra dos Órgãos (acima de 400m); logo, torna-se necessário verificar se o N proveniente da atmosfera estaria sendo consumido pela vegetação e a floresta crescendo em biomassa.