Transmidialidade e humor: um estudo semiótico do Porta dos Fundos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Alexandra Robaina dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11663
Resumo: O trabalho investiga, com base no aparato metodológico fornecido pela Semiótica do Discurso e seus desdobramentos recentes na denominada Semiótica das Práticas, a relação entre textos, objetos e práticas no projeto transmídia do coletivo de humor Porta dos Fundos. Compreende-se a transmidialidade como estratégia capaz de organizar mídias e textos, de modo a orientar o deslocamento do enunciatário, fazendo uma espécie de gestão do interesse e da adesão a diversos produtos de um mesmo universo narrativo. O argumento central desta tese é que a transmidialidade constitui um fazer tático do enunciador, que ao articular textos, objetos e práticas, prevê o deslocamento do enunciatário por diferentes espaços. A análise recai sobre os esquetes de humor, lançadas no canal principal do Porta dos Fundos, hospedado no YouTube, e os demais produtos que, a partir desse texto original, se expandem para outras plataformas. O trabalho permite observar que as relações textuais são marcadas, contemporaneamente, por relações de atravessamento e compartilhamento, e, por isso, delineiam a imagem de um enunciatário ativo. Participação, engajamento e compartilhamento não só revelam preferências particulares, mas respondem pela visibilidade a certos textos, que se manifestam e ganham circulação, ao menos a princípio, de forma independente. No caso analisado, a ressonância alcançada por um tipo de humor sarcástico, pretensamente livre de limites, que ironiza relações cotidianas e zomba de valores sociais instituídos, ajuda a delinear alguns modos atuais, de produção e circulação de textos e discursos