Avaliação da capacidade de formação do biofilme de estirpes de Staphylococcus aureus resistente a meticilina circulantes em ambiente hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinheiro, Felipe Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15795
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMPA.2020.m.05829633701
Resumo: As infecções relacionadas a assistência em saúde (IRAS) se caracterizam como evento adverso mais frequente nos serviços de saúde em todo o mundo, levando à mortalidade significativa e a perdas financeiras. Os biofilmes bacterianos podem aumentar a resistência a antimicrobianos em até 1.000 vezes, elevando os custos do tratamento e a mortalidade. Staphylococcus aureus vem se destacando nas últimas décadas como um patógeno com notável virulência, incluindo a capacidade de formar biofilme, e adquirir resistência. Dado os riscos associados a surtos envolvendo esse agente, é importante investigar se seu perfil genético pode, de alguma forma, influenciar sua capacidade de formar biofilme, para que estratégias de controle possam ser elaboradas. No total, 94 amostras de origem hospitalar foram selecionadas para o presente estudo, por terem perfis de virulência e resistência bem caracterizados e diversos. As amostras foram submetidas ao teste de força de biofilme por dois protocolos distintos, o primeiro protocolo consiste em um cultivo prévio das amostras em caldo BHI suplementado com 1% de glicose por 24 h 36 ºC e em seguida aplicados em placas de poliestireno na diluição de 1:100. O segundo protocolo a incubação prévia é substituído por um inóculo de turbidez equivalente a 0,5 na escala McFarland com imediata aplicação na placa na diluição (1:10). Com adição de captação da imagem da estirpe selvagem, HU25, para fins comparativos, por se tratar de uma estirpe forte formadora de biofilme. Foram realizados teste de qui-quadrado para correlação entre o biofilme formado e as características de grupo como sitio de isolamento, teste t de uma via para avaliar a influência de da formação do biofilme em uma característica específica (ACME, PVL), ANOVA associado ao teste Turkey e teste t não paramétrico para contagem de unidades formadoras de colônias. Nos ensaios de formação de biofilme, 48 (51%) foram classificadas como fortes formadoras, 27 (29%) com moderada capacidade e 19 (20%) como fracas formadoras. Nenhuma amostra foi classificada como não formadora de biofilme. Nove (9,57%) das 94 estirpes foram selecionadas para o MEV. Todas as fracas formadoras e duas fortes formadoras apresentaram baixa densidade celular. Duas estirpes apresentaram sinais de lesões celulares deixando as células bacterianas com aspecto de hemácias. Foi possível observar a presença de microcanais comunicantes nas microscopias de estirpes com alta densidade de células. As análises do perfil genético comparadas com a capacidade de formação do biofilme mostraram uma relação estatisticamente relevante entre a presença do gene ACME e do cassete SCCmecII com as estirpes classificadas como fortes formadoras de biofilme.