Efeito do ritmo circadiano na analgesia de parto e na hora do nascimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Vieira, Waleska Schneider
Orientador(a): Caumo, Wolnei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15453
Resumo: A analgesia é amplamente utilizada para diminuir a dor do parto. A técnica raquiperidural é considerada hoje de eleição para a analgesia de parto, devido à curta latência para aliviar a dor e à possibilidade de se fracionarem as doses analgésicas subseqüentes. Os anestésicos locais em baixas doses e opióides são os fámacos utilizados para esta finalidade. Embora tenha sido demonstrado um ritmo circadiano para a analgesia de parto espinhal com fentanil isolado, o tempo até o nascimento não foi considerado. Assim, foram avaliadas as variações no ritmo circadiano da analgesia raquiperidural (RP) para trabalho de parto com a associação de fentanil com bupivacaína e a correlação com a duração do trabalho de parto após a analgesia RP. Métodos: Nesta coorte foram incluídas 41 mulheres, nulíparas que estavam no primeiro estágio do trabalho de parto. Foi colocado um cateter no espaço peridural para analgesia adicional com analgesia controlada pelo paciente (ACP), caso o alívio da dor não fosse satisfatório. A fim de análise, a hora do dia foi dividida em três períodos: noite (das 22h às 5h e 59 min), manhã (das 6h às 13h e 59 min) e tarde (das 14h às 21h e 59min). Resultados: O efeito da analgesia RP demonstrado pela EAV foi maior nas pacientes que receberam analgesia à noite (83,29±20,31) e pela manhã (80,66±25,65) quando comparadas com as que receberam analgesia à tarde (41,25+37,28), [(F=38, 1); F=7,95); P=0,00)]. Além disto, o tempo de duração para a primeira dose da ACP foi maior nas pacientes do turno da noite. O padrão circadiano do nascimento teve uma correlação positiva com a dor reportada na EAV (r2= 0,46), com o tempo até a primeira dose da ACP (r2=0,44) e com o total de analgesia adicional necessária (r2=0,63). Conclusão: A analgesia de parto apresentou um ritmo circadiano demonstrado pela dor e pelo tempo de duração até a necessidade da primeira dose da ACP. Assim, o tempo de duração até o nascimento é dependente do momento em que a analgesia é administrada.