Interações de jovens nas redes sociais, entre o clicar e o publicar: O que pode uma selfie?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barbosa, Lubélia de Paula Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33626
Resumo: Esta tese trata sobre a fotografia contemporânea como elemento de socialização, em relação às mudanças que ocorreram na produção e circulação das imagens pela internet, tendo como objeto de análise a produção de autorretratos, especialmente as selfies. Para tal, tem como corpus as imagens presentes no aplicativo Instagram, que se apresenta como fenômeno social e tem como características a velocidade, a instantaneidade e a ubiquidade da comunicação. O seu objetivo principal é analisar e compreender as experiências vividas pelos jovens no contexto da rede social Instagram. Os seus objetivos específicos são: verificar as formas como se autorrepresentam e, a partir delas, se constroem as culturas juvenis no Instagram; observar como se manifestam e expressam os modos de ser jovem, nas redes sociais, em especial no Instagram, em perfis construídos de múltiplas identizações; analisar os perfis tendo por base as cinco dimensões de culturas juvenis propostas por Feixa (2008). A pesquisa buscou compreender culturas juvenis (FEIXA, 2008), a partir da sociologia da experiência (DUBET, 1994). Por meio de um processo de investigação empírica de cunho qualitativo e netnográfico, dialogamos com autores que contribuem para a reflexão de conceitos essenciais a este estudo, como o de juventude (DAYRELL, 2002; CARRANO, 2002), performatividade (SIBILIA, 2008), cibercultura e ciberespaço (LÉVY, 2010; CASTELLS, 1999; McLUHAN, 1997; HALL, 2000; LEMOS, 2007, 2013), dentre outros. As análises empreendidas sinalizam a crença de que a imagem fotográfica é o indício de algo que aconteceu ou se vivenciou, talvez reflexo das redes sociais, espaço em que se cria a narrativa desejada e no qual os mundos reais e virtuais se misturam. As experiências contemporâneas com as redes sociais agregam vivências múltiplas e descontínuas, se refletindo no processo de identização dos jovens de acordo com o contexto sociocultural das relações e interações sociais estabelecidas deles para com seus pares, nas experiências cotidianas propiciadas pelo ambiente virtual. Diante dos dados levantados, despontam, nisso, novas práticas socioculturais que reconfiguram os processos de identização, de socialização e o modo como as novas gerações se relacionam com o mundo e com os outros. As fotos autorrepresentativas falam da fluência de uma exposição marcada por itinerários e subjetividades diversas. Podemos inferir que, no alto do consumo e de geração das selfies, os jovens querem ser percebidos, seja pela beleza, seja pela simpatia ou até pelo aspecto diferente, ousado ou cômico de suas manifestações na rede.