A loucura e a criação: João Antônio encontra Lima Barreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Mariana Filgueiras de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10115
Resumo: Esta dissertação reconstrói parte da trajetória do escritor paulista João Antônio (1937-1996), mais especificamente o período em que ele se internou no Sanatório da Tijuca, entre maio e junho de 1970, o que teve impacto importante em seu projeto literário. A partir desse recorte biográfico, que reúne entrevistas, cartas, documentos e reportagens da época, e usando o conceito de biografemas de Roland Barthes (1971), elabora-se uma análise biografemática, extraindo três leituras críticas do episódio: a consolidação do escritor Lima Barreto (1881-1922) como precursor e personagem de João Antônio dali em diante; a modernização do estilo de João Antônio no livro Calvário e porres do pingente Afonso Henriques de Lima Barreto (1977) e a ficcionalização da sua passagem pelo sanatório, feita no texto “Casa de loucos” (1976). Com isso, é possível mostrar como o escritor João Antônio desenvolveu ativa e conscientemente uma performance de permanência de seu projeto literário, atrelando-o ao de Lima Barreto, desde o momento em que decidiu isolar-se, buscando “paz para escrever”