Qualidade microbiológica e pesquisa de Escherichia coli produtora de toxina shiga (STEC) na cadeia produtiva do leite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lopes, Patricia Regina Kraschinski
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3049
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade microbiológica do leite bovino em diferentes etapas da cadeia produtiva de uma cooperativa de leite do Estado do Rio de Janeiro, e investigar a presença de STEC e STEC O157 no leite e nas fezes dos animais ordenhados. Foram coletadas 100 amostras de leite nas diferentes etapas da cadeia produtiva, sendo 54 amostras do galão de cada propriedade rural, 25 amostras de leite do tanque de refrigeração comunitário, 14 amostras dos carros-tanque isotérmicos e 7 amostras do tanque de resfriamento da indústria bem como 10 amostras de leite pasteurizado. Foram também avaliadas 63 amostras de swab retal do animal ordenhado e 35 amostras de leite recém ordenhado. Para conferir a eficiência da pasteurização foram realizados os testes de peroxidase e fosfatase alcalina. A maioria das amostras (75,9%) de leite cru coletadas nos galões dos produtores apresentou condições microbiológicas satisfatórias, contagem bacteriana total (CBT) < 5,5 log UFC/mL. No entanto, 72% das amostras de leite coletadas no tanque de refrigeração comunitário, 100% das amostras coletadas nos carros-tanque isotérmicos e 100% das amostras coletadas nos tanques de refrigeração da indústria apresentaram condições microbiológicas insatisfatórias. Todas as amostras de leite pasteurizado foram aprovadas quanto a CBT, além de apresentarem a enzina peroxidase ativa e a enzima fosfatase alcalina inativa. No entanto, 80% destas amostras foram classificadas em condições microbiológicas insatisfatórias por apresentarem coliformes totais e E. coli acima dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. Das 100 amostras de leite cru analisadas, 65 apresentaram o gene stx, sendo 33 (61,1%) amostras do galão do produtor, 13 (52%) amostras do tanque de refrigeração comunitário, 14 (100%) amostras dos carros-tanque isotérmicos e cinco (71,4%) amostras dos tanques de resfriamento da indústria. Cinquenta e seis (88,9%) amostras fecais e 17 (48,6%) amostras de leite recém-ordenhado apresentaram o gene stx. Com exceção de uma amostra, todas as amostras de leite recém ordenhado provinham de um animal carreador do gene stx. Foram isolados STEC O157:H7 em 11,9% das amostras de fezes bovinas stxpositivas. Todas as cepas STEC O157:H7 isoladas apresentaram os genes stx2c, eae y, tir y, espA y, espB y, ler, iha, astA, EHEC-hlyA e espP. A qualidade microbiológica dos produtos lácteos está diretamente relacionada à qualidade da matéria-prima, com isso, é necessário a adequação dos produtores rurais quanto à implementação de Boas Práticas Agropecuárias, além da implementação das Boas Práticas de Fabricação pela indústria de laticínios