Avaliação microestrutural com ênfase na formação da fase laves e ensaios de microdureza em juntas dissimilares de aço inoxidável austenítico AISI 316L e inconel 718 soldadas pelo processo tig autógeno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Rafaela dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26930
Resumo: A soldagem de juntas dissimilares Inconel 718 x AISI 316L é um processo que vem sendo empregado em diferentes ramos industriais, principalmente em indústrias químicas e nucleares, sendo aplicável, por exemplo, em tubulações e varetas combustível. Devido à sua importância, no presente estudo foram analisadas juntas dissimilares de Inconel 718 e AISI 316L soldadas por meio processo TIG sob diferentes parâmetros, sendo verificada a presença da fase indesejável Laves. Foi feita análise microestrutural, por meio de microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura, de ambas as ligas na condição como recebida e na condição de junta dissimilar, sendo feita a medição do tamanho de grão e da dureza das amostras como recebidas, medição do espaçamento entre ferritas δ das amostras soldadas e análise da fração volumétrica de ferrita δ e de fase Laves presentes na zona fundida. Foi feita análise macroestrutural das juntas soldadas, sendo medida a largura, profundidade de penetração e área do metal de solda. As amostras soldadas também foram submetidas a ensaio de microdureza Vickers e análise EDS da fase Laves e das regiões da solda dissimilar. Além disso, foi realizado estudo da cinética de crescimento da fase Laves em duas das amostras soldadas, sendo feita comparação da fração volumétrica obtida experimentalmente com a fração volumétrica obtida por meio da equação de JMAK (Johnson-Mehl-Avrami-Kolmogorov). Os resultados mostraram que maiores aportes térmicos implicam em menores frações volumétricas de ferrita δ, maiores espaçamentos entre ferritas, maiores dimensões do metal de solda e menores valores de microdureza. A análise EDS mostrou que na junta dissimilar ocorre mistura da composição química de ambos os materiais. Quanto à análise da fase Laves, observou-se que a temperatura de interpasse possui maior influência na formação dessa fase do que o aporte térmico, sendo que a fração volumétrica de fase Laves é diretamente proporcional a ambos os parâmetros. A análise EDS da fase Laves confirmou que a fase formada se trata de um constituinte eutético formado por Laves e austenita interlamelar, como encontrado na literatura. No estudo da cinética de crescimento da fase Laves, observou-se que ocorreu um erro significativo entre a fração volumétrica de fase Laves obtida experimentalmente e a fração volumétrica obtida por meio da equação de JMAK.