Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Trevisan, Mariana Bonat |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/16142
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Resumo: |
Análise a respeito da relação entre a afirmação política de uma nova casa real e a construção de identidades de gênero para os membros da realeza portuguesa a partir da Crónica de D. Pedro I, da Crónica de D. Fernando e da Crónica de D. João I, obras de Fernão Lopes, cronista oficial da dinastia de Avis. No fim do século XIV Portugal passou por uma crise política que culminou na fundação da Casa de Avis por D. João I (1385-1433), filho bastardo do rei D. Pedro I (1357-1367). Para consolidar a nova dinastia diversos recursos foram utilizados, incluindo a construção de uma memória legitimadora para seu fundador e sua criação através das crônicas régias. O discurso político do cronista passa pela configuração do mundo da corte e dos principais personagens de seu contexto. Neste sentido, cabe ressaltar a relevância das relações entre gênero, parentesco e poder no período. Casamentos régios, casos amorosos e descendência ilegítima constituem elementos essenciais na configuração política dos reinos no mundo medieval e têm relação fundamental com a própria instauração da Dinastia de Avis em Portugal. Nosso intuito é analisar como são construídas no relato lopeano identidades de gênero para D. Pedro I e sua amante D. Inês de Castro (1325-1355), D. Fernando (1367-1383) e a rainha D. Leonor Teles (1350-1386), D. João I e a rainha D. Filipa de Lencastre (1360-1415). Comparando com outras fontes coevas ao cronista, buscamos perceber como os aspectos relacionados ao gênero são mobilizados no discurso, caracterizando as personagens de modo positivo ou negativo conforme os valores referentes ao imaginário da sociedade medieval e os propósitos da legitimação avisina. |