O cinema escolar na história da educação brasileira : a sua ressignificação através da análise de discurso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ferreira, Amália da Motta Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-graduação em Educação
Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/17583
Resumo: Esta dissertação teve dois objetivos: ressignificar o projeto Cinema Escolar, produzido entre 1916-1918 pelos Inspetores Escolares do Distrito Federal José Venerando da Graça Sobrinho e Fábio Lopes dos Santos Luz, e mostrar a pertinência da apropriação da Análise de Discurso, na sua vertente francesa, como instrumento de análise. Esta investigação insere-se no campo da História da Educação Brasileira e sua metodologia privilegiou o dispositivo teórico da Análise de Discurso, através de dois conceitos básicos: a Formação Discursiva, objetivando demonstrar que o Cinema Escolar estava filiado a efeitos de sentidos produzidos na sociedade carioca desde o século XIX e o Silêncio Constitutivo, visando compreender como os textos construídos pelos locutores oficiais do Movimento da Escola Nova produziram silêncios que se materializaram no processo historiográfico. Os dispositivos analíticos foram construídos a partir do referencial teórico e em contato com o próprio objeto de estudo. A conclusão da pesquisa foi a de que o Cinema Escolar sofreu um processo de silenciamento na historiografia da educação brasileira pelo fato de seus analistas darem crédito à transparência da linguagem e confirmarem apenas a voz de certos sujeitos em determinadas posições sociais, sujeitos esses que atribuíram a si mesmos a autoridade para falar sobre o Cinema Educativo, a partir da década de 1920, procedimento que resultou na produção de fontes documentais tomadas como inquestionáveis sobre um determinado período e tema da educação brasileira, o que problematizamos nesse trabalho.