Hasta que seamos libres: feminismo e revolução sandinista nas obras de Gioconda Belli (1972-1993)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gontijo, Stella Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28180
Resumo: Os estudos sobre as revoluções na América Latina, no século XX, ainda demandam muito trabalho no que se refere a pensar na participação das mulheres nesses processos, enquanto “atrizes político-sociais”. Além disso, é importante que seja analisado como essa participação esteve, ou não, vinculada ao debate do feminismo, entendido como um conceito e uma teoria política que emerge com especificidades na região latino-americana. A pesquisa feita nesta dissertação teve como objetivo compreender, por meio da literatura produzida pela escritora e intelectual nicaraguense Gioconda Belli (1948) — e de sua trajetória como militante sandinista e feminista —, como esses debates sobre gênero e Revolução estiveram relacionados no processo vitorioso na Nicarágua, em 1979. Assim, teve como eixo de análise o uso da literatura como fonte para a História e o gênero como categoria de análise histórica. Dessa forma, nesta dissertação buscou-se examinar a narrativa de Belli para compreender como o seu discurso feminista se relaciona com a busca pela emancipação dos povos, e como se transforma, na medida em que a Revolução vai se consolidando e que a autora se envolve nos debates revolucionários. Para isso, foi importante considerar como sua trajetória esteve relacionada ao processo sandinista, e qual foi sua participação na Revolução, encabeçada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) e o posterior governo revolucionário. O recorte temporal data da publicação de seu primeiro livro de poesia, Sobre la grama, em 1972 — também ano de sua entrada na FSLN —, até 1993, ano em que Belli rompe de maneira definitiva com a Frente. As outras obras analisadas são os poemários Línea de fuego (1978), Truenos y arcoíris (1982) e De la costilla de Eva (1986); os romances La mujer habitada (1988) e Sofía de los presagios (1990); e suas memórias, publicadas como El país bajo mi piel – memorias de amor y guerra (2001).