Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vannucci, Amanda Maia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28134
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo analisar a construção da memória da escritora nicaraguense Gioconda Belli sobre a Revolução Popular Sandinista. A análise estabelece como foco as críticas que a autora realizou sobre a revolução na Nicarágua. Durante a década de 1970, muitas mulheres ingressaram nas fileiras da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) e imprimiram importantes contribuições na condução do processo revolucionário. Dirigiram ações armadas, ofereceram apoio logístico na guerrilha e ocuparam cargos na Junta de Governo de Reconstrução Nacional (JGRN) em 1979. Junta que chegou ao poder após o triunfo da revolução que liquidou a ditadura da família Somoza, uma das mais longas e repressivas ditaduras latino-americanas. Esse movimento se inspirou nos princípios de soberania nacional e justiça social defendidos por Augusto Nicolás Calderón Sandino, primeira liderança popular do movimento de resistência à ocupação e ingerência estadunidense na Nicarágua, no final da década de 1920 e meados dos anos 1930. Ao assumirem o poder décadas depois, os sandinistas enfrentaram um longo e árduo caminho para a reconstrução do país, dilacerado pelas cicatrizes da guerra. Nesse contexto marcado por profundas divergências – políticas, sociais, econômicas e ideológicas –, pela guerra contrarrevolucionária, la contra e a derrota eleitoral em 1990, alguns sandinistas cortaram os laços com o projeto da Frente, Gioconda Belli foi uma delas. Elencamos para esta pesquisa a obra El país bajo mi piel: memorias de amor y guerra (2001) no qual a autora formulou sua interpretação sobre o processo revolucionário. Estabelecemos como recorte temporal 1972, ano em que Belli publicou seu primeiro livro de poesia Sobre la Grama, e 1993 quando rompeu com a FSLN. Para ampliar nosso leque de análise e entender as tensões do processo revolucionários, a partir da perspectiva de uma outra mulher utilizamos o livro de memórias Guerrillera, mujer y comandante de la Revolución Sandinista: Memorias de Leticia Herrera (2013). Ao final, avaliaremos em que medida as críticas de Belli ao projeto da Frente visam construir projetos alternativos que promovam a transformação social da Nicarágua. |